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Eleição sem Lula é fraude ou eleição sem Lula é fácil?

Outro título dessa nossa coluna poderia ser: Ilusão sem lula é fácil!

Depois de bradar com entusiasmo, cantar em “verso e prosa”, escrever e portar faixas e cartazes, em atividades com Lula e sem Lula, desde 2017, que “eleição sem Lula é fraude”, expressando claramente que era uma nova etapa do golpe deixar de fora da eleição a maior liderança popular do País e único candidato com verdadeiro apoio popular, que não decorre apenas de campanhas de marketing e manobras eleitorais (que apresentam verdadeiros criminosos e vende-pátrias como “amigos do povo”, “defensores dos interesses da nação”etc.); depois de tudo isso, setores da esquerda mergulharam freneticamente na ilusão eleitoral de que abriu-se uma “janela de oportunidades” para uma vitória contra os golpistas nas eleições por eles controladas.

A animar essas ilusões estão as tradicionais “pesquisas” profundamente manipuladas pela burguesia para induzir o processo eleitoral na direções que melhor lhe pareça, que apontam um crescimento da intenção de voto no candidato substituto de Lula, Fernando Haddad, e a pregação dessa mesma esquerda de que o único caminho para derrotar o golpe é o das eleições.

Em sua entrevista ao Jornal Nacional, dessa sexta (dia 14), o próprio Haddad, também afirmou que confia que no caso de uma vitória sua nas eleições, seu governo não seria mais alvo dos ataques que o PSDB fez contra o governo Dilma, por conta de declarações feitas, agora, pelo ex-presidente daquele partido, o senador Tarso Jereissati, do Ceará.

O mundo mudou? O PSDB mudou? o golpe mudou?

A candidatura de Haddad teria provocado um milagre?

Nada poderia ser mais falso do que responder afirmativamente a estas afirmações.

Mostrando que tudo que é fundamental está no mesmo lugar, no STF a votação de um novo recurso que poderia colocar Lula em liberdade foi suspenso quando o resultado era de 7 votos a 1, contra o direito de Lula e de todo brasileiro (conforme a Constituição) de não ser preso antes do trânsito julgado, ou seja, antes de uma condenação definitiva. AO mesmo tempo, Gilmar Mendes colocou o tucano Beto Richa, ex-governador do Paraná, em liberdade. O general candidato a vice de Bolsonaro defendeu uma nova constituição, feita sem eleição de constituintes, reforçando a posição golpista defendida pelo ministro do Exercito quando ameaçou o PT e todo o País, com um golpe militar, caos mantivesse a candidatura de Lula. O padre Julio Lancelotti foi espancado pela Guarda Municipal, do PSDB, na mesma semana em que um candidato a deputado petista foi baleado no Paraná, onde direitistas também atiram uma pequena bomba nas pernas do candidato a governador petista.

Os primeiros dias da campanha do ex-“porta voz” e agora “substituto” de Lula na chapa presidencial do PT-PCdoB, Fernando Haddad, evidenciaram uma profunda crença de alguns setores da esquerda (sem base na realidade) de que as eleições, teriam se transformado em um “passeio democrático”, na qual – da noite para o dia – a direita golpista que derrubou a presidenta Dilma Rousseff por meio de um golpe de Estado, condenou Lula, sem provas, mantém o ex-presidente no cativeiro a mais de 160 dias e cassou, ilegalmente (contrariando até Resolução da ONU ã respeito) etc. estaria disposta a retroceder no golpe, aceitando outro resultado que não seja a “legitimação” de um candidato golpista, que seja o novo carrasco do povo brasileiro.

Desconsidera-se o fato que, assim como nas fases anteriores do golpe, não pode haver uma vitória contra o golpe sem a sua derrota efetiva e que, esta só pode ser conquistada pela mobilização popular, como ficou evidente em todas as etapas anteriores em que as ilusões nas instituições do regime golpista (congresso, judiciário, forças armadas etc.) conduziram a seguidas derrotas.

Superar tais ilusões, é a tarefa central do próximo período.

Ao mesmo tempo em que defendem, sem maiores explicações, esta política, setores dirigentes, como Jaques Wagner (PT-BA), liderança da defesa do “plano B”, do abandono da candidatura de Lula, há muito tempo, repetiu Haddad ao afirmar que em um eventual segundo turno entre Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro, votaria no candidato do PSDB, evidenciando que o “já ganhou” é – para muitos setores – uma encenação para encobrir a possibilidade de uma nova capitulação: depois de abandonar a candidatura de Lula, votar diretamente no candidato preferencial dos golpistas.

Uma prova de que a “febre eleitoral” pode conduzir a posições cada vez mais reacionárias, como apoiar um candidato num governo golpista (como Alckmin, Ciro etc.), intensificando-se a política de busca de um acordo com esses setores.

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