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Balanço dos 40 anos do PT

Eleição ou Revolução?

”34 Partidos Políticos do Brasil, só pensam em Eleições. Apenas um partido, pensa, age, educa, para a Revolução”. Que tipo de partido, trabalhadores e o povo brasileiro precisam?

Por Nivaldo Orlandi

Uma crítica, verdadeiramente revolucionária, por ocasião dos 40 anos do PT.

Em breve balanço, dos 40 anos de existência do PT, Rui Costa Pimenta, ex-integrante da tendência Causa Operária dentro do PT, hoje presidente do Partido da Causa Operária, analisará sobre a natureza política do Partido dos Trabalhadores, que, propunha-se a ser o partido operário do Brasil. O desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores, no entanto, foi sendo dominado por um conjunto de integrantes pequeno burgueses, por intelectuais, por parlamentares.

O PT desenvolveu-se canalizando a luta política dos trabalhadores unicamente para a conquista de espaços no governo e no parlamento através da via eleitoral. Trabalharam nesse sentido. Em aliança com diversos partidos da burguesia, o PT conquistou quatro mandatos nos governos federais. Enfim o PT pode operar, e, embora, a grande expectativa operária, o resultado foi, de limitadíssimas transformações.

Algumas conquistas. E isso é correto, no substancial no entanto, nada mudou no País. O PT conseguiu governos, que, só pôde atuar de uma forma muito limitada, na periferia do regime político nacional. O controle do capital estrangeiro sobre o capital nacional não pode ser quebrado. O controle das oligarquias políticas burguesas – especialmente o centrão – sobre o regime político não foi quebrado. O controle da burguesia, inclusive da extrema direita sobre o judiciário não foi quebrado. O monopólio das comunicações continua de pé. A reforma agrária não foi realizada. Nenhuma reforma substancial foi  realizada pelo PT, nos 13 anos de governo.

 

Pelas eleições, você não chega ao poder. Essa a questão chave  

 

Pelas eleições, você não chega ao poder, chega apenas ao governo. Governo,  uma engrenagem do estado capitalista que não permite alterar nada de substancial no regime econômico, no regime político, e nem no regime social do país. O PT conquistou um governo sem poder. E no momento que a burguesia considerou que esses governos reformistas se colocavam em contradição com seus interesses econômicos, se livrou desses governos, em certo sentido, como se livra de um funcionário inconveniente.

A concepção política essencial do PT falhou. A concepção política fundamental do PT fracassou.  A experiência de quatro governos. 13 anos, mostra que essa política é uma política inviável. O PT faz enorme sacrifício. Canaliza todas as lutas populares para as eleições. O PT ganha, governa, e o resultado dos governos do PT é  extremamente magro.

Não é um problema abstrato. O resultado político dos 13 anos de governo PT, dos quatro governos do PT, é o resultado político da natureza política do PT. O PT, um partido com governo, mas sem poder.

 

Diante da evolução da situação política, que tipo de partido, trabalhadores e o povo brasileiro precisam?

 

O PT, cumpriria os requisitos fundamentais, de um partido político para fazer frente às necessidades da classe operária e do povo brasileiro? O balanço da atuação dos quatro governos do PT, leva à conclusão que, é necessário um partido operário. Êsse partido, apesar de Lula, não é o PT.

Ainda não existe um partido no Brasil, completamente independente da burguesia, um partido operário, controlado pelos trabalhadores, que seja revolucionário, não atrelado às instituições do regime político burguês em completa decomposição. Um partido socialista. Um partido que defenda o fim da propriedade privada dos meios de produção. Única maneira de acabar com a ditadura existente no país, e com a dominação do país pelo imperialismo.

O balanço dos governos do PT mostra tudo isso. O balanço do golpe mostra isso.

O PT, criado com grande dose de ambigüidade, como o próprio nome diz, para ser o partido dos trabalhadores. O PT deveria ser o partido da classe operária brasileira. O desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores, no entanto, foi sendo dominado por um conjunto da pequena burguesia, por intelectuais, por parlamentares. Um partido da classe operária não pode ser um partido meramente eleitoral. Partido parlamentar defende os interesses dos parlamentares que estão interessados nas questões eleitorais. Interessados em renovar seus mandatos parlamentares.

 

Esquerda adapta-se ao bolsonarismo

Único jogo a ser jogado, acredita o PT, acredita também a maioria da esquerda nacional, é o jogo das eleições. Daí, a adaptação ao regime político existente. Adaptação ao bolsonarismo. Embora com Bolsonaro, os ataques sejam muito piores que os anteriores ao golpe, boa parte da esquerda nada aprende. Esquerda agora, inclusive o PT, aponta para a mesma perspectiva fracassada. Tenta o PT e o conjunto da esquerda nos convencer que “Devemos jogar esse jogo, por que, o jogo das eleições, é o único jogo a ser jogado”.

Críticas parlamentares ao Bolsonaro. Tudo perfumaria. Os críticos bradam que é preciso mudar isso e aquilo, mas no fundamental não querem mudar nada. É inverdade, que todo mundo seria contra o bolsonaro, contra o golpe.

Esquerda, que desloca-se para a direita

Ao contrário do que muita gente pensa, a situação da esquerda no Brasil, não tende a evoluir no sentido de enfrentamento ao golpe. A oposição ao golpe de estado, e contra bolsonaro é moderada, e, somente levada adiante tão somente pela ala do PT atingida pelo golpe. Exemplo contundente é o caso da Bahia, governador do PT, impõe uma PM, candidata PM, à prefeita em Salvador. Isso no momento de maior repressão política no país pela Polícia Militar.

Tendência não é virar à esquerda. A tendência do PT e o conjunto da esquerda burguesa e pequeno burguesa é virar à direita, em colaboração com o regime político. Isso não é acidental. É a estratégia de conjunto dos partidos da esquerda. Amoldar-se ao Bolsonaro, amoldar-se ao golpe.

 

PCO, o partido da Luta Conta o Golpe

É da natureza política do nosso partido, nos colocarmos Contra o Golpe, pela Liberdade de Lula. Pelo Fora Bolsonaro. Enfatiza Rui Costa Pimenta, no programa Análise Política, de sábado, 8 de Fevereiro. Faz parte do nosso programa. Programa de um partido revolucionário. A crítica nossa ao PT. Crítica própria do PCO. Quando, dentro do PT, lembra Rui, como tendência Causa Operária, travamos, intensa luta política contra a orientação do PT. Do PT fomos expulsos, diz Rui.

 

Partido Eleitoral ou Partido Revolucionário, a divergência entre o PT e o PCO, continuam

 

Diante da evolução da situação política, que tipo de partido, a classe trabalhadora e o povo brasileiro precisam? Um partido, cujo objetivo de Poder, será alcançado pela Eleição, ou pela Revolução?  Esse é o debate essencial.

 

 

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