As eleições para diretoria do Sintect-Cas (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios) do triênio (2019-2022) terminaram nesta quinta-feira (14-02) com a vitória da chapa 1, mantendo o grupo político, ligado à Intersindical, que controla o sindicato há quase 20 anos.
O resultado da eleição ficou da seguinte maneira, a chapa 1 – (Intersindical) terminou em primeiro lugar com 859 votos (67,2% dos votos válidos); a chapa 2 – PSTU/Conlutas obteve 361 votos (28, 4% votos válidos); e chapa 3 – Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula, ligada ao PCO, obteve 57 votos (4,4% dos votos válidos).
Essa eleição tem características altamente burocrática, já que o tempo de campanha é de apenas uma semana, o número de filiados é de apenas 30% de toda base da categoria, e a chapa da direção do sindicato chapa 1 (Intersindical), utiliza-se de todos as vantagens materiais de estar na direção do sindicato para influir na decisão da categoria, como por exemplo liberar do trabalho todos os seus candidatos para fazer campanha.
A Chapa 2 – (PSTU/Conlutas), com discurso de direita, que até hoje afirmam que não teve golpe no Brasil, com a ilusão de competir nessas condições, com a ajuda da ECT, chegou a gastar uma fábula com correspondências para todas as unidades dos Correios, a fim de entregar seu boletim a todos os trabalhadores das unidades da base sindical do Sintect-Cas.
Apesar de ser uma das primeiras eleições sindicais dos Correios na era Sérgio Moro, como futuro interventor nso sindicatos, as chapas 1 (Intersindical) e chapas 2 (Conlutas) mantiveram o debate despolitizado com os trabalhadores, atuando na base da categoria com o discurso do “amigão”, ou seja, voto em mim, porque você me conhece.
A chapa 3 – Contra privatização, Fora Bolsonaro e pela liberdade de Lula apresentou uma campanha anti-eleitoral, ou seja, os trabalhadores precisam mais do que votar na eleição do sindicato, precisam transformar os seus sindicatos em instrumentos de luta contra o golpe de Estado no Brasil, formando comitês de luta contra o golpe para derrotar o governo eleito de forma fraudulenta de Jair Bolsonaro, Mourão, os generais, Sérgio Mouro, MBL, imprensa golpista etc, que são os representantes da privatização das estatais no Brasil.
A chapa 3 também levantou a campanha nos Correios pela liberdade de Lula, como forma de autodefesa de todos os trabalhadores e suas organizações diante dos golpistas, já que se prenderam Lula, ex-presidente do país, figura política conhecida no mundo inteiro, sem provas em um processo fraudulento, imagine o que os golpistas não podem fazer para prejudicar os ativistas dos movimentos sociais e seus sindicatos.
O resultado da eleição do Sintect-Cas serviu para demonstrar que os sindicalistas dos Correios estão deixando que os trabalhadores ecetistas se deixem levar pela máquina publicitária da imprensa golpista, que são os piores inimigos dos trabalhadores, que esconde o golpe e criminaliza todos os dias, Lula e os movimentos sociais.
Ou seja, é necessário aumentar a campanha do Fora Bolsonaro e de todos os golpistas, pela liberdade de Lula no interior das unidades da ECT (Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos), uma das empresas mais ameaçadas de desaparecer com a política entreguista dos golpistas.