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Pressão da burguesia

Eleição do PT: “democratização radical” ou capitulação à direita?

Com a reeleição de Gleisi Hoffman praticamente certa, a ala direita do Partido dos Trabalhadores (PT) procura pressionar os setores mais combativos da agremiação.

Menos de um mês depois que o ex-presidente Lula saiu das masmorras da sede da Polícia Federal, em Curitiba, o Partido dos Trabalhadores (PT) deu início ao seu 7º Congresso Nacional. O evento, que tem um papel decisivo para todo o movimento de luta contra o golpe, deverá determinar a política do PT para o próximo período e eleger a nova chapa a comandar um dos maiores partidos de esquerda do mundo.

Se, quando Lula estava preso, Gleisi Hoffman já era a mais cotada para vencer as eleições para presidente nacional da sigla, agora, com a figura mais influente do PT em liberdade, a atual presidenta do PT deve ter sua reeleição garantida. Hoffman é uma das principais representantes da ala lulista dentro do PT, tendo sido um fator importante para que o partido seguisse empenhado na luta pela liberdade do ex-presidente. Tal posição, embora muito favorável ao desenvolvimento da luta contra o golpe, desagrada, naturalmente, a ala direita do PT, que busca um acordo junto ao regime político.

De acordo com matéria publicada pelo Uol/Folha de S. Paulo, os três adversários de Gleisi Hoffman, que concorrem com ela à presidência do Partido dos Trabalhadores e, portanto, representam interesses distintos da ala lulista, já admitem a derrota. No entanto, aproveitaram o espaço na imprensa burguesa para pedir uma “democratização radical” no partido, vinda em conjunto com uma “autocrítica”.

A “democratização radical” e a “autocrítica”, contudo, que soam fajutamente democráticas, nada mais são do que pretextos para que o PT adote uma política mais direitista face às demandas da nova etapa de luta que se abre neste momento. No fim das contas, o que buscam os adversários de Gleisi Hoffman não é tornar o PT um partido mais forte para derrubar o governo Bolsonaro, mas sim em transformar a agremiação em um elemento de sustentação do regime político.

Por “autocrítica”, os adversários de Gleisi Hoffman reivindicam que o partido admita toda a propaganda da imprensa burguesa de que o PT é um partido corrupto – o que levaria a uma reformulação da legenda em direção a uma organização mais “palatável” para o regime político. A “democratização radical”, por sua vez, é um pretexto para destruir a centralização da residência do partido e garantir que as diversas alas do PT tenham poder no interior do partido. Com isso, mesmo Hoffman sendo reeleita, a ala direita teria condições de interferir diretamente na política do partido.

As posições dos candidatos à presidência sobre questões fundamentais do Partido dos Trabalhadores denunciam o caráter direitista das alas que representam. EM relação às eleições de 2020, todos criticaram a gestão de Gleisi Hoffman, afirmando que o PT deveria ter alianças mais amplas. Já sobre as finanças, os adversários defendem uma maior abertura das contas, facilitando a ingerência direta da burguesia sobre o partido.

 

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