A eleição de um representante dos trabalhadores para o Conselho Administrativo dos Correios terminou nesta terça feira, dia 2 de abril, com apenas 7% da categoria votando nos candidatos inscritos da eleição.
Pelo fato do candidato que teve mais votos, Mauricio Fortes Garcia Lorenzo, diretor da ADACP (Associação dos Profissionais dos Correios) não ter alcançado a maioria do votos válidos, dos 7.395 votos, o adicapiano conseguiu 2.865 votos, a eleição terá segundo turno, entre os dias 24 de abril a 3 de maio de 2019.
Concorrerá contra Maurício Lorenzo, que é representante dos chefes dos Correios, a engenheira Alzenir de Oliveira Silva que conseguiu 1.659 votos.
A eleição do representante “dos trabalhadores” no Conselho de Administração dos Correios, faz parte de mais uma fraude contra a categoria para viabilizar e legitimar as decisões contra os trabalhadores imposta pela direção golpista da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e governo fascista de Jair Bolsonaro.
Mesmo que a eleição não fosse fraudada, controlada pelos trabalhadores, coisa que não é, eleger apenas um representante de trabalhadores serve apenas para legitimar as decisões dos golpistas que estão no governo querendo destruir os Correios com a privatização, já que Conselho é formado por mais seis membros, sendo quatro membros indicado pelo Ministérios das Ciências, Tecnologia, Inovação e Comunicação, mais o presidente dos Correios e outro indicado pelo Ministério do Planejamento.
A própria forma de poder na ECT advir de um Conselho de Administração serve para pavimentar o caminho para transformação da empresa pública em empresa de Sociedade Anônima, aonde, no futuro, quem mandará na empresa, serão os grandes acionistas, ou seja, os tubarões do mercado postal, como Fedex, DHL, UPS que poderão adquirir ações dos Correios na bolsa.
Como o trabalhador dos Correios sabe disso, e vem acompanhando a destruição da empresa por esse Conselho de Administração, a votação das eleições para o representante do trabalhador nesse Conselho foi irrisória, pois apenas 7% dos trabalhadores dos Correios, de 105 mil que a empresa possui na ativa, legitimaram essa fraude.
É necessário não legitimar as manobras dos golpistas com órgãos e instituições criados para enganar os trabalhadores, e combater a destruição da empresa através da organização da categoria em comitês de luta contra o golpe, contra a privatização dos Correios, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, e pela liberdade de Lula.
A luta contra a privatização passa pela negação do poder do controle da ECT ser determinado por esse Conselho de patrões golpistas do governo fraudulento de Jair Bolsonaro, pelo Controle da ECT pelos próprios trabalhadores, através de eleição de todos os cargos da empresa, de Presidente a supervisor operacional, com mandatos revogáveis pelos próprios trabalhadores.