Em 17 de abril de 1916, a cidade de Eldorado dos Carajás, localizada no Estado do Pará, foi palco do assassinato de 16 sem-terra. O massacre ocorreu em meio a uma marcha que reuniu mais de mil sem-terra, que estavam exercendo seu direito de protestar pela reforma agrária e foram covardemente reprimidos pela Polícia Militar.
A perseguição e execução dos sem-terra por parte da polícia é uma constante no Estado burguês – e é ainda mais intensificada de acordo com o controle que a direita tem sobre o Regime Político. Não é à toa, por exemplo, que recentemente foi divulgado que apenas 29 dos 1196 assassinatos de camponeses durante a ditadura militar foram reconhecidos pelo Estado brasileiro.
O massacre de Eldorado dos Carajás é um claro exemplo de como a extrema-direita trata os trabalhadores do campo. A polícia nada mais é do que uma tropa a serviço da burguesia para esmagar os trabalhadores.
Por isso, nesta semana, em todo o país, vários protestos marcaram os 22 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. No Pará, onde aconteceu o massacre, milhares de pessoas fecharam a BR-155. Além de lembrar do massacre, os manifestantes também exigiram a desapropriação de fazendas da região.