Com o aprofundamento do golpe, ficam cada vez mais perceptíveis as mazelas que afetam a classe trabalhadora, oriundas de um governo golpista, controlado pela direita. Um exemplo é o avanço da condição de extrema pobreza em pelo menos nove estados do país, entre 2014 e 2017.
Segundo dados levantados pela empresa de consultoria Tendências, houve um aumento de 3,2 para 4,8% nos índices de pobreza. O embasamento de valores foi retirado do Plano Brasil Sem Miséria, que é referência do Programa Bolsa Família. O Nordeste é a região com maior número de famílias vivendo em situação de extrema pobreza, sendo os piores casos registrados no Maranhão. Os números são assustadores: mais de 12% da população local vive com renda domiciliar per capita inferior a R$85,00.
O crescimento mais rápido deste índice foi na Bahia. A região passou de 12ª no ranking para 3ª colocada. Percentualmente, o número de famílias que vivem em condições de extrema pobreza passou de 4,8 para 9,8%. Em Sergipe os valores também dobraram, passando de 4,1 para 8,9%.
De 2004 a 2013 os resultados eram consideravelmente mais positivos. Uma das razões era o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que aumentava, em média, 4% ao ano. Já com a consolidação do golpe, a piora a condição de vida da população foi notável. De 2014 a 2017 os índices e extrema pobreza alavancaram de 5,3 para 10,9%.
Outra situação alarmante também foi perceptível no Rio de Janeiro. Em 2014 as famílias em situação de extrema pobreza representavam 1,4% da população local. Depois do golpe, em 2017, o número passou para 3,5%. É importante lembrar que o inferno vivido pelos cariocas só aumenta, principalmente com a intervenção militar, que massacra a classe trabalhadora.
Os índices apresentados são apenas um reflexo do quanto o golpe afeta a classe trabalhadora, favorecendo apenas a burguesia. Nesse sentido a mobilização popular se faz fundamental para que a atuação dos golpistas seja barrada definitivamente.