O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (BolsoLeite – PSDB), encontrou-se com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) nesta terça (25/05) onde defendeu um modelo federativo para as prévias tucanas que escolherão o candidato derrotado do PSDB em 2022.
Para o gaúcho o modelo proposto pode trazer equilíbrio à disputa interna, visando enfraquecer a força do tucanato paulista que monopoliza a indicação de candidatos desde que o partido foi fundado.
A exceção mais recente foi justamente o golpista Aécio Neves, personagem responsável por destruir o que restava do partido.
Leite quer que a totalização de votos das prévias considere a proporção eleitoral de cada estado de forma a “garantir o equilíbrio de forças partidárias, considerando as diferentes condições do PSDB em cada estado”.
O Rio Grande do Sul possui 8,4 milhões de eleitores, 5,69% do total de 147,9 milhões no país e São Paulo 33,5 milhões de eleitores, 22,6% dos votos do país (TSE – Tribunal Superior eleitoral).
Já o Governador de São Paulo, João Doria (BolsoDoria – PSDB), que se encontrou com FHC um dia antes e que segue indeciso se concorre às prévias presidenciais ou se garante um segundo mandato no Palácio dos Bandeirantes, busca evitar que o partido lance mais uma vez um forasteiro.
Para o político o PSDB deve manter o sistema de um voto por filiado, contrariando a ala de Leite e, garantindo a vantagem dos tucanos paulistas.
O curioso é que ambos os governadores tucanos dizem ter o apoio de FHC para suas propostas de prévias, de forma que não se sabe para quem o ex-presidente neoliberal está mentindo.
De todo modo, mesmo com a força da imprensa burguesa e independentemente de quem seja o candidato em 2022 o PSDB deve ser mais uma vez engolido pela extrema-direita bolsonarista da qual foi o principal criador.