A burguesia golpista vem se utilizando de figuras ex-petistas e com discurso pacifista para atacar o Partido dos Trabalhadores para eleger figuras da direita fascista como Geraldo Alckmin. Nessa semana, o presidente do Partido Verde, Eduardo Jorge, de uma entrevista ao HuffPost Brasil, onde culpa o PT e Lula pela “ascensão” de Bolsonaro.
Ainda afirma que “o PT é extrema esquerda hoje, inclusive do ponto de vista organizacional, com um líder messiânico, autoritário, que matou a democracia dentro do Partido dos Trabalhadores”.
A declaração e os ataques ao PT escondem que o Partido Verde é uma das sublegendas do PSDB, sendo um partido que recebe parlamentares oportunistas da pior espécie, da bancada da bíblia e caciques que perderam ou não conseguem espaço dos partidos tradicionais. O maior exemplo disso é o ex-tucano Álvaro Dias, hoje no Podemos.
Em São Paulo, o PV sempre deu apoio incondicional para o PSDB e está no governo há anos. O próprio Eduardo Jorge, ex-petista, já foi secretário do Meio Ambiente nas gestões de José Serra e Gilberto Kassab. O papel de sublegenda oficial do PSDB se repete em Minas Gerais sob a coordenação de Aécio Neves e ajudaram a eleger o prefeito fascista do PSDB Nelson Marquezan, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
No ano de 2014, o PV apoiou o candidato do PSDB Aécio Neves no segundo turno e todos os parlamentares no congresso nacional votaram favoráveis ao golpe em 2016. Também votaram incondicionalmente a favor da PEC do Teto e na sua esmagadora maioria pela destruição da legislação trabalhista.
Eduardo Jorge, terceirizado do PSDB e da direita golpista, esconde o fato de que a polarização é decorrente da campanha da direita para derrubar Dilma Roussef, estimulando o setor mais reacionário e fascista a sair as ruas. O exemplo pode ser visto nas manifestações de 2013, onde os atos foram tomados pela direita para a imprensa atacar os governos de esquerda e que resultaram nos atos pelo impeachment. Esses atos foram extremamente violentos contra qualquer setor democrático, onde pessoas que passavam de camiseta vermelha eram agredidos e hostilizados pelos manifestantes coxinhas histéricos.
O crescimento de Bolsonaro e da extrema-direita foi resultado da política da direita e da imprensa golpista que necessitava aprofundar o golpe e massacrar ainda mais a população. Para essa política ser efetivada, a campanha de calúnias e mentiras contra os governos petistas e a classe trabalhadora foram disseminados para que a classe trabalhadora, movimentos sindicais e populares ficassem acuados e paralisados. Isso foi vista na campanha contra os programas sociais, direitos trabalhistas, entidades sindicais e movimentos de luta pela terra.
A polarização foi impulsionada pela direita após o impeachment em 2016, que resultou num maior ataque a população que se deslocou cada vez mais à esquerda para defender a si e seus direitos contra a direita e os fascistas nas ruas.
Eduardo Jorge e o Partido Verde não passam de marionetes da direita para atacar a população e justificar o voto em Geraldo Alckmin. A culpa da polarização e do crescimento da extrema-direita não é de Lula ou do PT, é a burguesia, os tucanos e a imprensa golpista que criaram Bolsonaro e a polarização em que vive o país, assim como está ocorrendo na Venezuela.
Nesse sentido, a extrema-direita não pode ser derrotada com argumentos e evitar o nome de seus representantes. Para derrotar a extrema-direita é preciso derrotar quem estimula Bolsonaro e outros fascistas, ou seja, a burguesia, a direita e a imprensa, que se utilizam do fascismo quando necessário. É preciso derrota-los nas ruas, com a classe trabalhadora mobilizada nas ruas e nas fábricas.