A confusão na convocação para os atos de 1º de Maio que dificultou a realização de um ato maior em Curitiba pela liberdade de Lula funcionou como uma espécie de marco para os setores da esquerda pequeno-burguesa que buscam abandonar a luta contra o golpe e lançar uma candidatura tipo “plano B”.
Logo no dia 1º de Maio, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou que o PT poderia pensar em plano B e até mesmo na possibilidade de ser vice de Ciro Gomes. A repercussão foi tão negativa que Wagner foi obrigado a desmentir. Em reação, Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, afirmou que Ciro não passa “nem com reza brava” no PT.
A tentativa de buscar outra candidatura, seja ela qual for, capitulando diante do fato de que a direita retirou o candidato mais popular do País é a política de “virar a página do golpe” anunciada por setores, inclusive dentro do PT. Querem legitimar a fraude eleitoral que servirá para que os golpistas legitimem o golpe e todas as medidas de ataques aos trabalhadores.
A candidatura de Lula e sua popularidade crescente expressam a luta contra o golpe. Sua votação enorme é uma das maneiras que se manifesta a rejeição gigantesca contra as medidas dos golpistas.
Por isso, apoiar qualquer outra saída que não seja a candidatura de Lula é uma capitulação. Da mesma maneira, é no apoio a Lula que se manifesta os setores mais combativos da luta contra o golpe, não no programa político de Lula, de conciliação de classes, mas um movimento real de luta contra a direita.