O presidente ilegítimo, deputado Jair Bolsonaro, eleito nas eleições mais fraudulentas das últimas décadas, o que só foi possível graças à condenação sem provas e prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou como indicado para assumir um “superministério” da Justiça, ampliado com órgãos que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Coaf, nada mais nada menos do que o juiz fascista, Sérgio Moro, responsável pelos processos-farsa que serviram de pretexto para a cassação da candidatura de Lula (aceita pela direção do PT).
A decisão foi anunciada nesta quinta-feita, após reunião do juiz com o deputado Bolsonaro, em sua casa no Rio de Janeiro.
Segundo os planos anunciados pela equipe de Bolsonaro, o “superministério” também vai abrigar a Controladoria-Geral da União, órgão que a princípio deve ter autonomia para investigar integrantes do Executivo, inclusive o próprio ministro da Justiça. Ou seja, Moro seria o responsável até por investigar a si mesmo.
Pelos serviços prestados ao golpe, o juiz apelidado de “Mussolini de Maringá”, ainda pode ter à sua disposição uma indicação para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, quando houver vaga; o que deverá ocorrer no próximo ano, quando o ministro Celso de Mello se aposentar compulsoriamente. Assim Moro pode, pode vir a repetir a trajetória do ministro golpista Alexandre de Moraes, que foi ministro da Justiça de Michel Temer antes de ser indicado ao STF.
Segundo o vice-presidente eleito Hamilton Mourão, Moro já havia sido convidado ao longo da campanha. “Isso faz tempo”, afirmou.
isto significa que o juiz Moro era, há muito, candidato a “superministro” de Bolsonaro e, nessa condição, o juiz, ex-filiado ao PSDB, agiu em causa própria e da chapa do golpe para condenar, prender Lula e ainda realizar “vazamento” ilegal de delações como a do ex-ministro Antonio Palocci, colhida pela Polícia Federal, que foi divulgada na reta final do primeiro turno das eleições presidenciais, exatamente quando o agora presidente eleito teve um significativo crescimento nas pesquisas.
O caso de Moro é mais uma das muitas evidências escandalosas do caráter totalmente fraudulento da eleição de Bolsonaro, diante do que qualquer reconhecimento de sua suposta legitimidade, por parte da esquerda e de setores da esquerda que lutou contra o golpe não é mais do que uma completa e absurda capitulação.
A esquerda e todos os movimentos de luta dos explorados, devem repudiar totalmente a política de capitulação e colaboração com os golpistas dos setores que defendem a “frente ampla” com os golpistas e denunciar a fraude das eleições que continua produzindo novos episódios golpistas, como a nomeação de Moro, e que prepara o terreno para um nova ofensiva contra o povo brasileiro e a economia nacional.
Fora Bolsonaro, Moro e todos os golpistas. Liberdade imediata para Lula e todos os presos políticos.