Nos dias 2 e 3, logo após o vitorioso ato de primeiro de maio classista, o Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO) se reuniu e tirou, como uma de suas principais resoluções, a convocação de um novo ato nacional. Dessa vez, os trabalhadores de todo o País serão convocados para a Avenida Paulista, no dia 3 de julho, quando acontecerá uma manifestação pela vacinação gratuita e imediata para todos, por um auxílio emergencial amplo de, pelo menos, um salário mínimo e contra a fome e o desemprego.
O novo ato, que ocorrerá daqui a dois meses, marcará a continuação de um processo crescente de mobilização contra a direita. O primeiro de maio na Praça da Sé, convocado pelo PCO e pelos comitês de luta, colocou a burocracia sindical e as direções da esmagadora maioria das organizações de esquerda de joelhos. Está cada vez mais difícil represar a mobilização: após mais de 400 mil mortes, os trabalhadores já se deram conta que a política do “fique em casa” só serve para uma camada de privilegiados, que não representa a a grande massa de pessoas que estão sendo pisoteadas pela direita.
Essa tendência à mobilização não vai parar. Afinal, os ataques da direita não irão parar. A burguesia pouco se importa se o Brasil tem 400 mil mortos ou mesmo 4 milhões. É a mesma classe asquerosa que provocou duas guerras mundiais e que mata dezenas de inocentes todos os dias no Oriente Médio. Para os capitalistas, a hora não é de salvar o povo, mas sim os seus negócios. E, como os negócios vão muito mal, estão dispostos a sacrificar seja quem for para que não entrem em falência.
Nesse sentido, o papel de todas as organizações ligadas aos trabalhadores, diante do sucesso do ato de primeiro de maio, deve ser o de procurar impulsionar a mobilização, isto é, fazer com que os esforços para realizar o ato de primeiro de maio sejam multiplicados em todos os sentidos. Que os companheiros que se dedicaram ao ato, dediquem-se com ainda mais afinco e concentração, que aproveitem os dois meses que terão pela frente para se concentrar nessa que é a tarefa mais importante do momento: preparar o povo para tomar as ruas e só sair delas quando conseguir o que precisa! E que os companheiros que ainda se sentiam muito pressionados pela política reacionária, tucana, do “fique em casa”, agora rompam de vez com as correntes que os amarram e mergulhem de cabeça na tarefa de organizar as pessoas contra o genocídio em curso.
Essa concentração deve desaguar, inevitavelmente, na única perspectiva de mobilização apontada neste momento: o ato do dia 3 de julho, nacional, com milhares de companheiros vindos dos mais variados locais. É hora de arregaçar as mangas, fazer um balanço profundo e preciso da vitória do ato de primeiro de maio, organizar atos regionais que preparem o ato de 3 de julho, formar os comitês de luta e arrastar a multidão dos explorados para a Avenida Paulista.