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Dia de Hoje na História

29/03/1983: 40 anos da morte de Luis Buñuel

O espanhol foi um dos principais cineastas do século XX, deixando um legado que inspira uma das mais importantes artes revolucionárias

Para quem nasceu no início do século XX como Buñuel; o século da fase do capitalismo monopolista do imperialismo apresentou a essa personagem fabulosa do cinema mundial um dos conteúdos de fatos e acontecimentos dos mais ricos da história da humanidade. O cineasta de nascimento espanhol e naturalizado mexicano nasceu em 1900 e cresceu junto aos primeiros passos do cinema mundial. Trabalhou com Salvador Dali de quem sofreu muita influência da expressão surrealista, mas para além disso, compreendia de maneira criticamente lúcida o tabuleiro de xadrez das profundas transformações políticas entre guerras e a construção do socialismo a partir da década de 1920, início da fase da maioridade de Buñuel.

Os anos 20 do século vinte foram arrebatadores, mesmo para um jovem nascido de um berço privilegiado, já que pode conviver com uma série de influências artísticas e literárias, além da efervescência política entre o embrião dos partidos comunistas do século vinte e a ascensão do fascismo no mesmo período. Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo foram influências muito importantes na vida do jovem universitário Buñuel, além de tudo que já estava em curso nesse período de turbilhão pós primeira guerra e revolucionário. Federico Garcia Lorca e Salvador Dali, já mencionado, foram amigos desse período e contribuíram para o jovem Buñuel desenvolver sua arte cinematográfica precocemente. Tanto, que somente com apenas 20 anos o jovem Buñuel fundou o primeiro cineclube espanhol.

Com 22 anos publica seus primeiros textos literários e aos 24 consegue concluir sua formação em História, apesar de uma vida escolar e acadêmica conturbada. Os primeiros documentários e filmes de Buñuel ainda na mesma década abriram as portas para um cineasta sui generis ou de espécie única em termos da narrativa cinematográfica, já que incorporou elementos do surrealismo com uma visão crítica dos costumes e dos hábitos sociais mais concretos do povo. A partir de seus filmes e documentários inspirados também em aproximações com movimentos anarquistas, os governantes reacionários espanhóis proibiram o cineasta de “corromper” com a imagem da Espanha no exterior com seus filmes. Na sequência da explosão da guerra civil Buñuel pede asilo à França e logo se muda para os Estados Unidos.

Entre a guerra civil espanhola e a segunda guerra mundial Buñuel rompe com Salvador Dali devido a sua manifestação positiva ao todo e poderoso Franco e a igreja católica. Após o término da segunda guerra mundial Buñuel sai dos EUA e se muda para o México, onde procura mais tarde se naturalizar. A partir da década de 1950 seus filmes passam a expressar uma visão crítica contundente através do cotidiano social da pobreza no México, Espanha e mesmo nas contradições dos países desenvolvidos como a própria França.

As décadas de 1960 e 70 seguiram com enormes repercussões de seus filmes que possibilitaram um olhar mais ácido, mordaz, com surrealismo, mas muita crítica política e social; transportando o observador a um universo que penetra nas profundezas das mazelas e contradições da sociedade de classe. A importância da obra do cineasta é gigantesca por proporcionar uma visão provocadora da sociedade e que pode ser ilustrada pelo seu famoso filme “O discreto charme da burguesia”, onde expõe a desonestidade, a falta de escrúpulos, a alienação, a arrogância e toda a mediocridade e decadência moral dessa classe social fútil e mesquinha; que reflete a miséria desse grupo social. Muitas de suas obras, guardadas as devidas proporções teve repercussões nos filmes de Pedro Almodóvar a partir da década de 1980; mas não podem ser comparadas em termos de complexidade do conteúdo cinematográfico de Buñuel; que combina toda uma gama de expressões artísticas da atmosfera política, social e cultural que envolvem o seu próprio crescimento na década de 1920 e que o próprio cineasta procurou recuperar na sua autobiografia “O meu último suspiro” publicado em 1982; um ano antes da sua morte.

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