Em novembro de 1935, ocorreram 3 tentativas de levante contra o governo de Getúlio Vargas. Os levantes foram organizados pelos líderes militares remanescentes do tenentismo sob liderança de Luís Carlos Prestes, que havia se juntado ao Partido Comunista recentemente, e a Internacional Comunista.
As insurreições da década passada, sobretudo a Coluna Prestes, embora não tivessem atingido seu objetivo, abalaram a república velha e providenciaram um prestígio e autoridade imensa ao capitão Prestes. Embora o regime da república velha houvesse caído, os propósitos nacionalistas e revolucionários do tenentismo não se concretizaram. De certo modo, a luta continua a mesma até hoje. O Brasil não superou a dominação de certas oligarquias, a submissão ao capital imperialista, não realizamos a reforma agrária e nem derrotamos a repressão violentíssima da democracia burguesa.
No embalo das tentativas anteriores, e dessa vez com o auxílio da Internacional Comunista, cuja política estava totalmente submetida às análises fracassadas da burocracia stalinista, Prestes organizou dentro dos quartéis um plano para tomar o poder no dia 27 de novembro. Nos dias 23 e 24, o levante havia acontecido respectivamente em Natal e Recife. O levante de Natal conseguiu tomar o poder e instaurar um governo provisório enquanto esperava a capital ser tomada.
A inferioridade numérica, a ausência de um trabalho efetivo de agitação e propaganda, e sobretudo o cálculo errado de que as condições político econômicas empurrariam a população a apoiar o levante, culminou na derrota acachapante do movimento.
No dia 27, os militares rebeldes tentaram tomar a Escola Militar da Praia Vermelha e na Vila Militar (bairro da zona norte), porém a derrota foi quase que imediata. Um dos episódios mais emblemáticos da insurreição foi a tentativa de tomar o Regimento de Aviação no Campo dos Afonsos, no intuito de tomar aeronaves para dominar o espaço aéreo da cidade e poder bombardear a reação, no entanto o armamento antiaéreo já estava preparado para acabar com o plano.