Em 26 de outubro de 2001, pouco mais de um mês após o ataque ao World Trade Center (WTC), o então presidente dos Estados Unidos G. W. Bush sancionou a adoção da “Lei Patriótica”, uma espécie de lei antiterrorismo, para supostamente evitar novos ataque aos Estados Unidos.
A lei foi denominada de “USAPATRIOT Act”, uma sigla para definir “unindo e reforçando a América através das ferramentas apropriadas requeridas para barrar e obstruir o terrorismo”. Entretanto, o que se viu foi uma das leis mais repressivas aos direitos civis de história norte americana. Apesar de que o objetivo publicizado tenha sido a tentativa de combater um inimigo mundial, a lei serviu para intervir na liberdade civil.
Em princípio, a CIA e o FBI estreitaram suas relações e passaram a intercambiar informações sigilosas e agir em conjunto. A lei permitiu que as restrições legais para quebra de registro telefônico, bancário e até escutas fosse, simplesmente, ignoradas. Se agências de segurança interna e externa trabalham juntas para reprimir, desrespeitando direitos, se trata portanto de uma ditadura.
Ao mesmo tempo em que investigavam suspeitos de terem alguma ligação com os ataque, a falta de controle concedeu margem de manobra para que se tomassem dados de qualquer pessoa. Sendo assim, o conteúdo da lei possibilitou uma perseguição interna à qualquer pessoa que pudesse sem um opositor ao regime burguês. Sob o pretexto de acompanhar o desenvolvimento tecnológico, o governo possibilitou a perseguição irrestrita de seus cidadãos.
Juntamente com a promulgação da lei, surgiram os estatutos de “combatente inimigo” e “combatente ilegal”. Estes definem que qualquer pessoa possa ser detida, levantando um estado de perseguição e controle constantes. É a forma como o imperialismo monopolista encontra de controlar todo e qualquer sujeito que tenha qualquer ideia que possibilite uma mudança no contexto político.
O governo de Bush, ao colocar a Al-Qaeda como bode expiatório, impôs um esquema de ditadura, tortura e perseguição política contra os cidadãos norte-americanos, sob a desculpa de combate ao terrorismo. Essa é a política da burguesia, criar um inimigo fantasioso para aprofundar as ditaduras que existem em seus próprios países, tanto quanto nos países que o imperialismo oprime.