A Ku Klux Klan (KKK) foi fundada com o término da guerra civil americana (1861-1865). A abolição da escravatura no território dos Estados Unidos é resultado da guerra civil e da vitória das forças da União contra a Confederação e a reunificação do país sob hegemonia da burguesia do Norte.
Como um grupo de extrema-direita, seu objetivo da fundação da KKK era impedir a integração dos negros na sociedade. A derrota da Confederação resultara no fim do regime escravocrata oficial, e as elites latifundiárias brancas não podiam permitir que houvesse um mínimo de igualdade, mesmo que jurídica, entre os brancos e os negros. Os negros precisariam ser explorados, privados de todos os tipos de direitos sociais e políticos, para que a burguesia sulina mantivesse seu domínio econômico.
Para perseguir seus objetivos, a Klan utilizava-se de métodos fascistas contra a população negra: praticava linchamentos contra lideranças negras, queimava suas casas, realizava enforcamentos públicos, matava familiares, estuprava e violentava mulheres e recorria ao roubo e destruição de todos os bens dos negros. A punição aos membros da KKK era muito rara, quase inexistente, devido ao fato de seus membros estarem articulados e infiltrados na Polícia, no Judiciário e terem cargos políticos nas municipalidades e nos governos.
A Klan foi refundada três vezes nos Estados Unidos (século XIX, década de 1920 e 1950). Na década de 1950, a KKK destacou-se na luta contra o movimento de direitos civis dos negros nos Estados Unidos, colocando-se radicalmente contra o direito de voto, manifestação, organização dos negros e contra o fim das políticas de segregação racial, materializadas nas leis Jim Crow, vigentes até então.
Estima-se que hoje ela tenha ao redor de 3.000 membros e congregue um amplo leque de pautas de extrema-direita, como a repressão aos imigrantes, a luta contra a união civil homossexual, o nacionalismo branco, a supremacia dos brancos sobre os negros, o anticomunismo, a luta contra os direitos democráticos das mulheres e dos negros.
Verifica-se um crescimento de grupos de extrema-direita como a KKK ao redor do mundo, como opção política da burguesia que busca recorrer à força para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista.