A publicação do livro A Origem das Espécies ou Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida pelo naturalista inglês Charles Darwin, em 1859, ofereceu uma contribuição importante para o conhecimento sobre o desenvolvimento da vida.
Charles Darwin apresenta evidências abundantes da evolução das espécies por meio de um mecanismo chamado de seleção natural. Os organismos que se adaptam ao meio tendem a propagar mais descendentes do que os organismos incapazes de fazê-lo. A diversidade biológica é o resultado de um processo de descendência com modificação, isto é, as espécies se modificaram sucessivamente a partir de formas ancestrais. Todos os seres vivos têm uma origem em comum.
Uma expedição a bordo do HMS Beagle nos anos 1830 por cerca cinco anos levou Darwin a coletar os dados para elaboração de sua teoria. Diferentes lugares foram visitados por Darwin, da Ilha Galápagos no Equador até a Nova Zelândia, o que lhe proporcionou conhecimentos sobre a fauna, flora e geologia.
As considerações do naturalista inglês contradiziam as concepções religiosas sobre a criação da espécie humana. Os cristãos ortodoxos condenaram de imediato a sua obra, pois se tratava de “heresia” contra os apontamentos da Bíblia no capítulo de Gênesis. Darvin teve muita cautela na publicação de suas teses em virtude de se contraporem frontalmente às visões de tipo religioso. A primeira edição publicada em 1959 teve uma tiragem de 1.250 exemplares e esgotou-se no mesmo dia.
Poucas décadas após a publicação d’A Origem das Espécies, a teoria da evolução das espécies já era amplamente aceita no meio científico.
As teses desenvolvidas por Darwin permitiram o avanço do conhecimento em toda a grande área das ciências biológicas. Necessariamente, a teoria da evolução darwiniana se choca com o criacionismo, concepção de tipo religioso. Até os dias atuais, o debate político causa choques entre os evolucionistas e os criacionistas.
Um ponto que causa polêmica da teoria da evolução é que os seres humanos estão submetidos às mesmas leis do processo evolutivo. Isto é, os seres humanos evoluíram a partir de formas ancestrais. Os humanos não são a imagem e semelhança de Deus e não contam com um lugar privilegiado no Universo.
A comunidade científica é unânime no reconhecimento da importância das teses de Darwin para a compreensão da dinâmica do mundo natural. Todos os seres vivos vivem em uma interação com o meio ambiente, o que produz adaptações. Tudo na biologia é regulado pela seleção natural e nada faz o menor sentido sem o mecanismo da adaptação.