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Vítima do imperialismo?

24/08/1954: Getúlio Vargas se suicida

O governo Vargas foi recheado de contradições e na sua última fase sofreu enorme perserguição da grande imprensa e também do imperialismo.

Nesta quarta-feira, dia 24 de agosto, completam 68 da morte de Getúlio Vargas, um dos presidentes mais populares e controversos da história do Brasil. Sua trajetória política é marcada por incongruências, ora flertando com o fascismo, ora visando à construção de um país forte e atendendo a direitos dos trabalhadores. Nesse último período, sofreu grave perseguição política promovida pelo imperialismo, levando-o a cometer suicídio como último ato em nome do Brasil.

A decadência do regime político vigente no período da “República Velha” fez surgir uma dissidência na Oligarquia brasileira, que já não admitia mais o atraso brasileiro em relação a outras nações. Desse período, Getúlio Vargas saiu como líder da chamada “Revolução de 1930”, trazendo um governo centralizador que entrou de cabeça na modernização da economia brasileira.

Contudo, a crise política não foi resolvida, e as disputas internas na burguesia levaram a uma revolta da burguesia paulista contra o governo nacional. Vargas saiu vitorioso desse confronto, mas foi forçado a chamar uma Assembleia Constituinte, da qual saiu a Constituição de 1934.

Vargas, porém, nesse período, tinha uma preocupação em combater os comunistas, que se organizavam no Brasil. Muito chegado ao fascismo nessa época, o então presidente endureceu o regime e derrubou a Constituição. Os comunistas começaram a ser caçados. Olga Benário, militante comunista e esposa de Luis Carlos Prestes, por exemplo, foi presa e deportada em 1936, com aprovação do STF.

Em 1937, foi outorgada uma nova Constituição, chamada de “Polaca”, por ter similaridades com a Constituição da Polônia. O regime estava cada vez mais fechado, e foi imposta uma dura perseguição aos adversários políticos de Vargas. No entanto, esse período também apresentou importantes avanços, como o início da construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sinais de um país que se modernizava.

No período de Guerra, o governo Vargas, em princípio, tendia ao Eixo. Contudo, manteve oficialmente uma posição neutra e logo foi cooptado por Washington, submetendo-se ao imperialismo norte-americano. Após a Guerra, Vargas sofria forte pressão e, na iminência de sofrer um golpe militar, decidiu renunciar ao governo. 

Em 1950, candidatou-se a presidente e ali já se percebia uma tendência na burguesia em rejeitá-lo. Carlos Lacerda, um verdadeiro agente do governo norte-americano no Brasil, um agitador de direita contra os anseios populares, proferiu os seguintes dizeres: “O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”. E assim aconteceu. Getúlio candidatou-se, foi eleito e tomou posse, nos braços do povo. Porém, teve dificuldades de governar. 

Tendo derrotado a UDN, Vargas assumiu um forte compromisso popular ao ser eleito presidente. Era o “pai dos pobres” de volta ao Catete. 

De caráter nacionalista, Getúlio Vargas criou a Petrobrás, maior empresa pública do Brasil. Tentou também criar a Eletrobrás, mas não conseguiu em seu governo. 

A burguesia nacional, capacho dos americanos, não engolia o então presidente. Lacerda, que tinha voz em diversos veículos de comunicação à época, inclusive n’O Globo, tornou-se o principal perseguidor de Vargas, a ave de rapina que insulta e calunia, sedenta pelo sangue do povo.

Lacerda foi alvo de um atentado mal sucedido em Copacabana, o Atentado da Rua Tonelero. Foi instaurada a República do Galeão e, assim como a República de Curitiba, os militares, em conexão direta com os Estado Unidos, perseguiram membros que cercavam Getúlio Vargas visando, obviamente, ao presidente. Foi o estopim.

Sem ver solução para a crise, Vargas toma uma atitude extrema e, mais uma vez, controversa: no dia 24 de agosto de 1954, desferiu, dentro do Palácio do Catete, um tiro contra o próprio peito, saindo da vida para entrar na história, na alma e no coração do povo brasileiro, que chorou sua morte.

Esquerda não deve apoiar a Globo contra Bolsonaro e nem ninguém - Reunião de Pauta nº1.032 -24/08/22

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