A Manchúria se tornou um Estado do Japão, território disputado desde o final do século XIX e invadido após guerra com a Rússia em 1931. O Estado da Manchúria, no nordeste da China, foi palco de uma das maiores barbaridades já cometidas pelo Império Japonês.
Sob o controle de capachos do Império japonês, por ordens do Imperador japonês Hirohito foi criada, no distrito de Pingfang de Harbin, a “Unidade de Prevenção de Epidemias e Purificação de Água” ou “Unidade 731” comandada pelo Tenente General Shiro Ishii. A Unidade 731 tinha uma extensão de seis quilômetros quadrados e abrigava mais de 150 edifícios, constituindo se em um verdadeiro complexo laboratorial.
Por trás da fachada de que ali aconteciam pesquisas para evitar o envenenamento e surtos de cólera nos soldados japoneses promovidos pelo inimigo, funcionava um laboratório de desenvolvimento de armamentos químicos e biológicos que utilizava seres humanos, um lugar onde eram realizadas as experiências mais macabras e doentias possíveis.
Entre os prisioneiros da Unidade 731, estavam homens, mulheres, crianças e até bebês os quais era denominados como “troncos”. Essas pessoas recebiam injeções de doenças letais, desidratação controlada, testes de armas biológicas, testes de câmara de pressão hipobárica, vivissecção (prática de mutilar corpos humanos sem anestesia), aquisição de órgãos, amputação e testes de armas padrão.
O destino da Manchúria começou a mudar apenas em 1945 com a invasão pelo Exército Vermelho, a denominada “Operação Tempestade de Agosto” foi uma grande ofensiva terrestre realizada pela União Soviética contra as tropas japonesas que ocupavam a região. A invasão teve como objetivo a derrota do exército imperial japonês que ocupava, além de vastas porções de terras chinesas, também a Coreia e a preparação para a incursão ao arquipélago do Japão.
A operação, que envolveu mais de 1,5 milhões de soldados do exército soviético, teve início entre os dias 08 e 09 de agosto de 1945 e se estendeu até 2 de setembro do mesmo ano, quando cerca de um milhão de soldados japoneses já haviam sido desmobilizados e as tropas soviéticas ocupado toda a região da Manchúria e a região norte da Coreia.
Com a rendição do Japão pelos soviéticos e o fim da Segunda Guerra Mundial, a Unidade 731 precisou rapidamente abandonar o “trabalho” realizado. Todos os prisioneiros e funcionários que ali se encontravam foram mortos seja gaseados, envenenados ou baleados para que não sobrassem evidências das atrocidades que eram cometidas.
