Hoje, dia 18/06, nasceu em 1872 na cidade de Mangualde, cujo estado tem o mesmo nome, a escritora portuguesa Ana de Castro Osório. Renomada escritora da língua portuguesa no geral, também foi jornalista, pedagoga e ativista de atividade intensa na luta das mulheres. Destacada pela literatura juvenil, faleceu em Lisboa, no ano de 1872, com ** anos.
A escritora de conta com uma vasta obra, de caráter enciclopédico. Entre as mais mais renomadas estão “Em Tempo de Guerra” (1918), “A Verdadeira Mãe” (1925), “Viagens Aventurosas de Felício e Felizarda” (1923), “A Grande Aliança” (1924), “Mundo Novo” (1927), “A Capela das Rosas” (1931), “O Príncipe das Maçãs de Oiro” (1935), e “Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa” (2 volumes, compilada somente em 1952); assim como várias publicações periódicas de destaque onde colaborou como: “A Ave azul” (1899-1900), “Branco e Negro” (1896-1898), “Brasil-Portugal” (1899-1914), “A Leitura” (1894-1896), “Serões” (1901-1911), “A Farça” (1909-1910) e “Terra portuguesa” (1916-1927). Foi a primeira escritora destacada de literatura juvenil.
Com uma vida muito agitada no ativismo organizado, participou Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, colaborando para a publicação mensal da revista “A mulher e a criança”, sendo esta a imprensa oficial da Liga. Chegando a escrever, em 1905, “As Mulheres Portuguesas”, primeiro manifesto pela luta dos direitos democráticos das mulheres. Seguindo-se a criação da revista “A Sociedade Futura”, o “Jornal dos Pequeninos”, a sua integração no Grupo Português de Estudos Feministas e ainda, em 1908, com o apoio do político republicano António José de Almeida.
Passou por diversas organizações, sempre militante de forma organizada, por toda a vida, colaborando em diversas revistas, jornais, panfletos e manifestos. Publicou diversas obras e artigos de carácter político e social, nomeadamente sobre o direito ao voto, à educação, ao trabalho e a importância da independência económica da mulher em caso de abandono ou viuvez, entre outros temas. Isto é, uma vida dedicada a luta da mulher no geral.
Ana de Castro Osório, além de uma deixar uma vasta obra, mudando para sempre a literatura de língua portuguesa e a expandindo para o mundo, deu o exemplo de militância através da sua experiência no movimento das mulheres pelos seus direitos democráticos, tendo basicamente sua vida dedicada à literatura e a independência geral das mulheres.