No dia 15 de outubro de 1940, era fuzilado pelo regime fascista de Franco o presidente da Catalunha Lluís Companys, após ser capturado em seu exílio na França por soldados nazistas da Gestapo em 13 de agosto daquele ano. Company foi um dos personagens centrais na Catalunha nos anos 30.
Filho de camponeses, desde cedo Company se envolveu com política, sendo detido 15 vezes pela polícia em sua juventude. Já adulto e formado em direito, entrou para o partido Esquerda Republicana da Catalunha, partido que o levou a ser vereador da cidade de Barcelona em 1931. Nesse mesmo ano, depôs o prefeito da cidade junto de alguns camaradas, proclamando a República da Catalunha, evento acompanhado em Madrid e que acabou por proclamar a Segunda República da Espanha.
De 1931 à 1934 ocupou vários cargos na Catalunha, dentre eles, o de governador e presidente do parlamente. Em 1934, foi eleito Presidente da Generalidade da Catalunha, cargo no qual proclamou “Estado Catalão” dentro da República Federal Espanhola, sendo deposto e preso por um golpe de estado.
Ficaria preso até 1936, sendo libertado após a vitória eleitoral da Frente Popular, voltando ao cargo ocupado antes de sua prisão. Em 1939, após a ocupação das tropas franquistas em Barcelona, foge para a França, onde foi preso pela Gestapo em 13 de agosto de 1940 e entregue ao governo franquista 16 dias depois.
No momento de seu fuzilamento, não permitiu que o vendassem os olhos. Suas últimas palavras foram: Assassineu un home honrat. Per Catalunya! (Assassinais um homem honrado. Pela Catalunha!).
A Catalunha continua sofrendo a repressão contra a qual sempre lutou. Em 2017, após realizar um referendum sobre a separação da Catalunha, no qual o voto pela separação foi vitorioso, o presidente da Catalunha foi preso, demonstrando como a Espanha dita democrática, ainda é uma ditadura.