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Dia de hoje na história

12/09/1891: nasce Albizu Campos, nacionalista porto-riquenho

Um dos mais importantes ativistas nacionalistas de Porto Rico, e que empreendeu forte luta contra o imperialismo

Pedro Albizu Campos nasceu entre 12 de setembro de 1891 e 21 de abril de 1965, marcados como seu nascimento e morte. Esses foram os anos do século seguinte ao da onda revolucionária que tem origem do final do século XVIII seguindo as primeiras décadas do século XIX, tais como a Revolução Francesa, Revolução Americana, por exemplo, e que revelam a insurreição burguesa desses povos contra a colonização de Corôas como a Inglesa, a Espanhola, e a Francesa, inspirados por um ideário iluminista, e liberal.

Nessa época, especialmente em Porto Rico e Cuba, ambas sob a influência da Coroa Espanhola ainda, que se iniciarão os primeiros movimentos contra a Coroa e também contra a escravidão. Toda a região do entorno, está sob forte domínio de uma economia de exploração marcada pela agricultura – cultura da cana de açúcar – e a mão de obra escrava. Enquanto Cuba, por conta de uma população do campo mais expressiva e um direcionamento mais militaristas, vai tomar um caminho socialista e buscar sua independência em meados do novo século que se inicia, Porto Rico vê sua insurreição abafada pela Coroa Espanhola, e caminha mais com as ideias liberais, sendo dessa mesma época, a fundação do partido liberal, que depois vai se chamar Partido Autonomista.

Na virada do século, o controle Espanhol das Ilhas do Caribe recebeu um forte ataque dos imperialismo norte americano, a esta altura, já se estabelecendo fortemente na região, se assenhoreando de várias ilhas do Caribe e também da América Central.

Segundo alguns autores, em 1912 Albizu conseguiu uma bolsa de estudos que acabou conduzindo-o à Universidade Harvard, onde terminou um bacharelado em filosofia e letras, uma graduação em engenharia química e, mais adiante, titulou-se em direito. Dono de uma cultura invejável, dominou 8 línguas e se consagrou como orador exemplar.

Apesar de ter conquistado com êxito a sua formação acadêmica, retornou para a sua terra e se fixou em em Ponce, Porto Rico, a serviço dos pobres, trabalhando como advogado, e fundou o Partido Nacionalista, em 1924, contrariando a cultura local, bastante carregada da ideologia burguesa liberal e bastante lastreada pela imposição da política norte-amercana.

Como proposta política, defendia a ideia de que a independência de Porto Rico era essencial para a luta continental anti-imperialista contra os EUA, além da manutenção das raízes culturais hispânicas. Seu discurso apontava para uma milícia armada de resistência contra o imperialismo norte-americano, ao mesmo tempo que com conotação caudilhista.

Em 1934, foi chamado para liderar as greves dos operários, mas o tom caudilhista não foi acolhido pela classe trabalhadora, pelo conflito que representou entre uma tendência socialista, que aparecia influenciada pelos novos movimentos da classe trabalhadora e que aspiravam por uma socialização da educação para melhor formação do trabalhador, principalmente os enroladores de tabaco, estavam dissonantes com a política pequeno burguesa que representava o caudilhismo de Albizu, com forte apelo de uma apologia antiamericana da Espanha católica, segundo escreve Ángel G. Quintero Rivera, na Enciclopédia Latino-Americana.

Ángel também conta que essa política também levou a vários confrontos com a polícia, e que, embora buscasse apoio na pequena burguesia, e na sua luta contra o domínio , não conseguiu senão ser preso por delito de “conspiração armada para derrotar o governo dos Estados Unidos” e condenado a dez anos de prisão em 1937, a serem cumpridos em Atlanta.

Em 1947 quando volta à ilha, encontrou o populismo de Luis Muñoz Marín, que governava a Ilha, condenando as novas formas que encontrou de controle do imperialismo, a quem o governo se submetera, e em dois anos articula um importante levante armado em Porto Rico e um, numa linha mais terrorista, organizou um ataque contra o presidente Harry Truman, em Washington, então presidente dos Estados Unidos, ambos sufocados, que também lhe rendeu mais 53 anos de prisão, que o levou a adoecer, e, em 1964, conseguir, por meio do indulto, morrer em liberdade.

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