Há 44 anos, em 12 de agosto de de 1976, ocorreu o Massacre de Tel al-Zaatar, evento em que milhares de refugiados palestinos foram dizimados por milícias cristãs com apoio do exército Sírio e de militares Israelense. O massacre aconteceu durante a Guerra Civil Libanesa que ocorreu 1975 e 1990, conflito que teve diversas fases e vários eventos sectários.
Ao presenciamos a situação atual do Líbano, após um evento que não se saber ao certo tratasse de um acidente, sabotagem ou até mesmo agressão militar por míssil é importante relembramos os conflitos até recentes da Guerra Civil Libanesa. Esta guerra foi um conflito multifacetado onde os partidos libanês formaram e dissolveram as mais diversas coalizões, a guerra contou com intensas intervenções externas em todo o desenvolvimento do conflito.
Os conflitos políticos e compromissos que delinearam a guerra tiveram seu início com o fim da administração otomana na região, mas o fator principal de aprofundamento foi a pressão imperialista. Nesse processo houve diversas mudança na composição demográfica libanesa, com entrada de refugiados muçulmanos palestinos e conflitos destes com os cristãos maronitas e principalmente as intervenções militares sírias e israelitas.
O Massacre de Tel al-Zaatar, deu-se em vingança ao Massacre de Damour, realizado por militantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O massacre ocorreu na região ao norte de Beirute, uma região de predominância cristã e foi fruto de uma operação conjunta, onde a Síria e Israel realizaram um bloqueio naval isolando os refugiados palestinos da logística da OLP e do “Progressistas” libaneses. Cortando o fornecimento de armas, equipamentos e insumos ao acampamento em um cerco até sua queda, após a queda, menos de quinze minutos foi o tempo dado para a desocupação e vantagem aos sobreviventes, após isso milícias cristãs atacaram os flagelados e estima se que houveram entre 2 a 3 mil mortes.
Se analisamos em perspectiva ficar claro que a Guerra Civil Libanesa, entre outras que ocorreram pelo mundo, foram fruto da pressão do Imperialismo na região. Na realidade a história recente do mundo é tem sido a história das agressões imperialistas aos países que em algum momento ficaram contrários aos seus interesses. Sejam essas intervenções imperialistas de forma abertamente militar como fizeram no Afeganistão, Iraque entre tantos outros ou através manipulação de grupo internos com pressão externas como fizeram novamente entre tantos no Líbano, Colômbia e Brasil.