Todos sabemos que a família real britânica não é flor que se cheire. Apesar da propaganda de seus casamentos (com cobertura ao vivo da Rede Globo) e da expectativa gigantesca que alguns nutrem em saber qual é o sexo de seus bebês, sabemos que não se trata de uma família boazinha e fofinha como a mídia pinta. O que pouca gente sabe é do flerte e admiração que alguns membros dessa família nutrem pelo nazismo.
A história de hoje trata de um dos acontecimentos mais bizarros (pelo menos para os mais incautos) daquilo que foi o pré-Segunda Guerra Mundial. O dia em que o Duque e a Duquesa de Windsor visitaram a Alemanha Nazista.
Eduardo Alberto Cristiano Jorge André Patrício Davi, mais conhecido como Eduardo VIII, era o rei do Império Britânico até 11 de dezembro de 1936, quando resolveu abdicar do trono para se casar com a socialite Wallis Simpson, que na época era casada e já havia se divorciado em outro casamento. Como não pegava bem para a coroa britânica ter um rei (e chefe supremo da Igreja da Inglaterra) casado com uma mulher já divorciada, o que poderia também levar a uma crise generalizada, que poderia contestar o regime político da época, Eduardo VIII abdicou, tornando-se Duque de Windsor.
Nem dez meses após ter abdicado do trono, Eduardo visitava a Alemanha Nazista na presença de sua esposa, Wallis Simpson. Os dois passearam pelo país na companhia do mais alto escalão do Partido Nazista, inclusive com encontros entre o duque e Hitler.
A visita não foi vista com bons olhos pelo governo britânico, que havia aconselhado o ex-rei a não visitar a Alemanha. No entanto, duque e duquesa andaram por vários lugares entre os dias 11 e 23 de outubro, sendo recebidos com o Hino Britânico e saudações nazistas, saudações essas que também eram feitas pelo casal. Após a visita, os dois se estabeleceram na França, tendo fugido de lá após a invasão dos nazistas. Os dois teriam sido enviados pelo governo britânico às Bahamas, pois o clima de guerra na Inglaterra poderia leva-los a apoiar os nazistas em algum sentido.
Nas Bahamas o Duque não sossegou, chegando a dizer que o país se tratava de uma colônia de terceira classe e protestou para acabar com a pobreza na ilha, apesar de que lutasse somente contra a pobreza dos brancos da ilha e desdenhasse dos moradores negros (Eduardo nutria uma certa raiva dos negros e dos judeus).
Alguns depoimentos e algumas cartas da época dizem que a visita não foi por pura inocência de quem apenas quer viajar, mas sim, que Eduardo e Wallis eram grandes admiradores da ideologia nazi e pessoalmente de Hitler, que na visão dos dois havia colocado em ordem a economia da Alemanha e tinha sabido lidar com o comunismo. Outras fontes mostram que Hitler considerava Eduardo como um aliado, e que pretendia colocá-lo novamente no trono do Império Britânico caso conquistasse as ilhas britânicas.
Após o fim da guerra, Eduardo VIII chegou a declarar a um amigo seu que nunca havia pensado que Hitler fosse um mau sujeito.
O curioso é que Eduardo não é o único a ter uma admiração pelos nazistas dentro da família real. Em 2015 um tabloide inglês publicou uma foto da Rainha Elizabeth II fazendo a saudação nazista com sua família enquanto criança. Sim, a rainha Elizabeth II já foi criança, e fazia a saudação nazista. Já o príncipe Harry, em 2005, utilizou um uniforme nazi em uma festa a fantasia.