No dia 9 de novembro de 1918, ocorreu a Revolução Alemã de 1918, em que o então Caiser Guilherme II foi derrubado para a instauração de uma República Parlamentarista. Esse foi um importante fato influenciado pela Revolução Russa e com importante participação da marxista alemã Rosa Luxemburgo.
Em 1918, a Alemanha estava no centro da Primeira Guerra Mundial, que ocorria já durante quatro anos àquela altura, e uma grave crise econômica abalava a vida da população e, consequentemente, o então Império alemão, comandado pelo Caiser Guilherme II. Esse cenário foi um terreno fértil para uma revolta popular, que poderia ser guiada a uma revolução.
Um pouco antes, na Rússia, em 1917, ocorreu a Revolução de Outubro, comandada por Vladimir Lenin e Leon Trótski, que dirigiu o Exército Vermelho. Esse acontecimento também foi importante para a Revolução Alemã, já que serviu de exemplo e agitou a população desse país, que estava ávida por mudanças.
Esse fato criou na população alemã um sentimento de que a Rússia poderia, então, influenciar numa Revolução socialista na Alemanha como forma de retribuir o “favor” dado pelos alemães. Isso deixou a burguesia alemã receosa quanto à possibilidade de acontecer uma Revolução no país, o que era de se esperar, já que conta com o simbolismo de ser o país de Marx e Engels. Além do mais, Marx e Engels tinham a tese de que, para que houvesse uma Revolução comunista na Rússia, deveria acontecer também uma Revolução comunista na Europa Ocidental, se não antes, mas, ao menos, ao mesmo tempo. Dessa forma, a revolução era mais do que esperada de ocorrer a qualquer momento na Alemanha.
Voltando ao contexto alemão de 1918, quem teve papel importante para a Revolução Alemã foi a marxista Rosa Luxemburgo. Durante o período que envolveu o pré-Guerra e o conflito em si, Rosa Luxemburgo defendeu a posição contra a guerra imperialista no Partido Social-Democrata Alemão (SPD). Contudo, em meio a uma euforia na sociedade alemã quanto à guerra, e com medo de perder popularidade ao adotar uma posição pacifista, diversos deputados do Partido defenderam uma política pró-Guerra, tendo convencido uma outra ala de deputados e a direção do Partido.
Rosa Luxemburgo e outros integrantes do Partido que eram contrários à participação alemã na Guerra racharam com o SPD e formaram a Liga Espartaquista que, junto aos revisionistas e aos centristas, formou o Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD), que exigiu o término da Guerra e a democratização na Alemanha. A Liga Espartaquista formou a ala esquerda desse Partido e continuou a atuar nas fábricas contra a Guerra.
Todo esse contorno interno e externo vivenciado pela Alemanha foi propício para a Revolução Alemã e a queda do Império.