Em 09 de junho de 1895, em Goßmar, Império Alemão, nasceu Kurt Zeitzler, Coronel-General da Alemanha nazista. Filho de um pastor, Zeitzler, aos 18 anos, ingressou no exército do Império Alemão, pouco antes da Primeira Guerra Mundial.
Após a Primeira Guerra, Zeitzler foi mantido no pequeno exército permitido pelo Tratato de Versalhes, chegando a ser transferido para o Ministério da Defesa da República de Weimar, em 1934, devido ao seu apoio a partido nazista e a Adolf Hitler.
Zeitzler, em 1939, ascendeu ao posto de Coronel e o comando do Regimento de Infantaria 60. Neste mesmo ano, serviu como chefe de gabinete do General Wilhelm List durante a invasão da Polônia.
Nos dois anos posteriores, Kurt Zeitzler liderou o Primeiro Exército Panzer durante a batalha da França, a invasão da Iugoslávia e a batalha da Grécia. O sucesso nessas campanhas fez com que o governo nazista o condecorasse com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro, uma mais altas condecorações do regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O sucesso de Zeitzler se manteve constante durante a Operação Barbarossa (1941). Seu superior a época, o General von Kleist, elogiou a capacidade de Zeitzler organizar a logística de suprimentos do exército.
Devido a sua participação durante a defesa de Dieppe contra a incursão dos Aliados, Hitler o viu como uma opção para substituir Franz Halder como chefe do Alto Comando do Exército (Oberkommando des Heeres), apesar de haver outros com maior tempo e patente.
A dedicação de Kurt Zeitzler às suas tarefas impressionou até mesmo Hitler. Entretanto, as divergências entre os dois logo começaram a surgir. Durante a batalha de Estalingrado, Zeitzler recomendou a retirada do Sexto Exército, a fim de restaurar o fronte. Todavia, Hitler, passando sobre Zeitzler, ordenou a manutenção das tropas em Estalingrado, o que levou à destruição deste exército.
Seguindo a derrota em Estalingrado, Zeitzler foi uma das cabeças por trás da fracassada Operação Citadela, a última tentativa ofensiva dos nazistas no fronte oriental. A relação entre Zeitzler e Hitler deteriorou completamente após a derrota alemã na Criméia, em 1944, onde Zeitzler foi considerado o culpado pelo fracasso.
A soma da desconfiança nas decisões de Hitler e a provável percepção de que o regime nazista não conseguiria vencer a guerra, fez com que Zeitzler pulasse do barco como um rato prevendo o naufrágio, alegando problemas de saúde. Comportamento bastante próximo aos políticos e burocratas que ajudaram a eleger Bolsonaro, mas, agora, procuram se descolar, ao máximo, do mesmo.
Em 1945, Hitler o demite do exército, impedindo que pudesse vestir o uniforme.
Ao fim da guerra, Zeitzler foi preso pelos britânicos e serviu de testemunha nos julgamentos de Nuremberg. Também trabalhou para Seção de História Operacional (Alemanha) da Divisão Histórica do Exército Americano.
Análises por parte de “isentos” – como se fosse possível ser isento em relação ao fascismo e os fascistas – salientarão a competência de Kurt Zeitzler. Todavia, isto servirá apenas mascarar o fervor de Zeitzler em apoiar o regime nazista. O seu sucesso se dava, em grande medida, ao comprometimento que este tinha com o regime. Portanto, Zeitzler não deve ser usado como um exemplo de competência, mas como um exemplo de que o fascismo e os fascistas devem ser combatidos desde o início, pois, assim que tiverem os recursos necessários, trabalharão incessantemente para executar seus planos.