Há exatos 26 anos, Nelson Rolihlahla Mandela, tomou posse como o primeiro presidente negro, depois de uma longa luta pelo fim do regime segregacionista do apartheid, que durou de 1948 a 1990 um dos regimes mais criminosos da história, vencendo as primeiras eleições abertas do país, realizadas entre 26 e 28 de abril, com 62% dos votos.
Mandela passou 27 anos preso, sob a alegação de incitar greves e os trabalhadores contra o governo. Em 1955 durante o Congresso do Povo, organizado pelo CNA (Conselho Nacional Africano) foi redigida pelos seus 3 mil delegados a carta do povo. Essa carta inspirou milhares de militantes que deram suas vidas por essa causa. A carta exigia uma série de reivindicações como: presença de direitos democráticos, partilha da riqueza, fim da desigualdade social brutal, reforma agrária e fim do apartheid.
O próprio Nelson Mandela em carta aos militantes dizia que o objetivo do congresso nacional africano era nacionalizar as minas, os bancos e as indústrias e fortalecer o povo negro. Ou seja, a carta da liberdade colocava no horizonte da luta nada mais nada menos que a revolução.
Contudo, ao chegar à presidência, Mandela não implementou as reivindicações da revolução, fazendo um governo de acordo com a burguesia local e internacional, submisso à política econômica da FMI, por exemplo.