No dia 03 de dezembro de 1902, data-se a morte de Prudente de Morais, o primeiro civil e presidente eleito pelo voto direto do Brasil. Prudente também foi antes de presidente governador do estado de São Paulo, senador, e presidente da Assembléia Nacional Constituinte de 1891, e sua eleição como presidente também foram um marco da ascensão da oligarquia cafeeira na política, após um período dominado pelos militares, onde substituiu Floriano Peixoto.
Prudente de Moraes era advogado, e durante o império pertenceu ao Partido Liberal, de origem monarquista, onde se elegeu vereador na cidade de Piracicaba-SP, sendo o mais votado em 1864. Em 1873, migrou para o Partido Republicano Paulista, onde foi deputado provincial e defendia além da forma republicana de governo, o abolicionismo e o federalismo. Após a proclamação da República, Prudente foi governador de São Paulo, Senador, chegando a ser vice presidente do senado, e disputou a presidência do país com Deodoro da Fonseca após a Assembléia Constituinte de 1890-1891, ao qual foi derrotado.
Nas eleições diretas de 1864, Prudente de Morais disputou novamente a presidência do Brasil pelo Partido Republicano Federal, onde tomou posse no dia 15 de novembro do mesmo ano, tornando-se o primeiro presidente do Brasil civil e eleito pelo voto direto, com 276 583 votos, contra apenas 38 291 de seu oponente Afonso Pena. A eleição marcou uma nova era na política brasileira, com a chegada da oligarquia do café paulista ao poder. Durante o seu mandato, que durou de 1894 à 1898, Prudente lidou com vários acontecimentos importantes na história nacional, como por exemplo a Revolta Federalista do Rio Grande do Sul, a Guerra de Canudos, além de estabelecer novamente relações diplomáticas com Portugal e também assinou o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação com o Japão, que incentivou a vinda de imigrantes japoneses para o país, além de crises políticas e o acirramento da crise econômica no país.
Em 05 de novembro de 1897, durante cerimônia militar que recebia soldados da Guerra de Canudos, Prudente de Morais sofreu um atentado contra sua vida provocado pelo militar Marcellino Bispo de Melo, ao qual saiu ileso, mas que levou a morte de seu ministro da Guerra Marechal Bittencourt, ao defender a vida do então presidente no atentado. Isso fez com que Prudente declarasse estado de sítio no país.
Após o mandato, deixado com alta popularidade, Prudente de Morais retornou a Piracicaba onde exerceu advocacia por alguns anos e em 03 de dezembro de 1902 veio a falecer em decorrência de uma tuberculose.