No dia 3 de outubro de 1963, Honduras passou por um golpe militar contra Ramón Villeda Morales, um presidente nacionalista, há poucos dias antes de uma eleição presidencial.
Em 1957, os militares já haviam tentado um golpe militar contra Villeda Morales, mas foram derrotados graças à mobilização de estudantes e trabalhadores sindicalizados que apoiavam o governo do então presidente.
Esse evento instaurou um clima acirrado entre a população e os militares, que passaram a ser mal vistos. Dessa forma, uma proposta que passou a ser popular foi o fim do exército hondurenho.
De fato, essa era a proposta do candidato do Partido Liberal Modesto Rodas Alvarado, que era o candidato mais bem cotado a poucos dias da eleição.
Com o golpe consumado, o coronel da Aviação, Oswaldo López Arellano, foi nomeado presidente, permanecendo no cargo até 1971. O Congresso foi dissolvido e a Constituição hondurenha foi anulada, iniciando, assim, um período chamado de “Reformismo militar”. O então candidato Modesto Rodas Alvarado foi exilado para a Costa Rica.
Vale destacar que o governo de Villeda Morales foi marcado por importantes reformas trabalhistas, garantindo direitos aos trabalhadores, além de políticas de reforma agrária.
Assim, a direita hondurenha e a burguesia norte-americana passaram a acusar o então presidente de “tendências comunistas”. Ou seja, o golpe militar hondurenho teve importante participação do imperialismo norte-americano, assim como em outros países, como no Brasil.