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Neoliberalismo sem limites

Economistas de FHC acham que Bolsonaro é muito moderado

Os economistas neoliberais querem que Bolsonaro tenha uma postura mais agressiva

Na semana passada, o banco Credit Suisse patrocinou um evento para discutir as estratégias e visão dos banqueiros para a América Latina, em 2020. Sobre o Brasil, o debate ficou por conta dos economistas neoliberais Gustavo Franco, Armínio Fraga e Pérsio Arida, que apresentaram suas avaliações sobre Bolsonaro.

Em que pese diferenças pontuais entre cada um, os três foram unânimes em defender um neoliberalismo mais agressivo para o Brasil. Ficou claro que entre os principais representantes do capitalismo financeiro internacional que parasita o país, que Bolsonaro não é o candidato favorito, mas um “casamento de conveniência”, nas palavras de Gustavo Franco. Segundo este, que foi presidente do Banco Central durante as duas gestões de FHC, e assessor de João Amoêdo (Novo) nas últimas eleições, Bolsonaro desconhece e se desinteressa pela Economia, mas conta com o assessoramento de Paulo Guedes. O arranjo está funcionando, mas de maneira um pouco precária.

Arida, que foi assessor da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB), considerou que Bolsonaro está sendo muito meos liberal do que o prometido. Este banqueiro queria maior “abertura comercial”, ou seja, facilitar a entrada de produtos estrangeiros baratos que quebram a indústria nacional. Ele também se decepcionou com as privatizações, que foram em número menor do que o esperado. Arida também reclamou que Bolsonaro não deveria simplesmente diminuir o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), pois estes fundos não deveriam mais existir. O economista ressaltou que esta “falta de neoliberalismo” não é culpa do Congresso, mas das próprias propostas de Bolsonaro, que são muito “tímidas”, e colocam Bolsonaro num patamar “tão estatizante quanto a própria esquerda.”

Armínio Fraga, que foi apontado como possível Ministro da Fazenda de Aécio Neves (PSDB), caso vencesse em 2014, não deixou por menos, e disse que é necessário dar continuidade às “reformas”, como a previdenciária, reduzindo “gastos com funcionalismo e subsídios excessivos,” ou seja, demitindo e abaixando os salários.

Os três discursos mostram que os economistas cotados pela direita dita “civilizada” podem ser até mais nocivos do que os governos abertamente fascistas, como o de Bolsonaro. Bolsonaro foi a opção disponível, já que seus candidatos favoritos não chegaram nem perto do segundo turno. Mas estes representantes diretos da grande burguesia continuarão pressionando para que a política econômica seja duríssima e aprofunde a exploração do trabalhador.

Ao invés de procurar o “menos pior”, a esquerda deve parar de flertar com estes neoliberais, chamados eufemisticamente de “centro-direita”. É preciso um programa de luta, não meramente eleitoral, para derrubar o regime e tirar do poder esta quadrilha parasitária.

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