Diante da inépcia do governo – golpista – de Jair Bolsonaro (PSL), consultorias e economistas ligados a bancos foram obrigados a revisar suas projeções de crescimento, e revelaram: não há proposta concreta para o aumento do nível de consumo e da expansão do PIB (Produto Interno Bruto), portanto, os níveis de crescimento não chegarão a 2% em 2020.
Os casos do banco suíço UBS, que prevê expansão de 1,5%, e das consultorias MB Associados e Tendências, que estimam 1,6% e 1,8%, respectivamente, dão mostras claras da péssima condução e do completo descrédito do governo frente a burguesia. O Itaú Unibanco, banco intimamente ligado à burguesia nativa golpista prevê crescimento de no máximo 1,7% em 2020.
Segundo economista-chefe do UBS, Tony Volpon, o crescimento de 0,4% do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, acima da estimativa média de 0,2% do mercado, não muda em nada o cenário mais pessimista para o futuro.
Para atender aos interesses do imperialismo, o governo tem uma cartilha pronta à atender. Trata-se da agenda baseada na entrega de setores estratégicos para estrangeiros, o mesmo enredo do filme FHC [Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – 1995-2002], ou seja, uma sequencia de corte de direitos e de investimentos públicos para “injetar” na cabeça de aliados e da população que o mito de que a iniciativa privada é a solução para tirar o Brasil da crise. O País, todavia, já sente os impactos grotescos da PEC do Teto dos Gastos, que congela investimentos públicos por 20 anos.
Os economistas já não escondem o descontentamento e as previsões pessimistas quanto ao governo golpista de Bolsonaro. Foi justamente o desmantelamento e a queda da economia que fez a burguesia rifar Fernando Collor em 1992. A crise, no entanto, desenvolve a cada passo as condições objetivas para a mobilização dos trabalhadores – pelo fora Bolsonaro e novas eleições gerais.