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Cenário hoje é pior

Economista que previu crise de 2008 anuncia novo crash

Economista prevê nova crise em função de bolha imobiliária construída em cenário marcado por forte endividamento, o que trará consequências políticas.

Economista iraniano radicado nos Estados Unidos, Nouriel Roubini se destacou na década passada quando previu, em artigo publicado no ano de 2006, que uma bolha especulativa no mercado de imóveis iniciada em meados dos anos 1990 estava prestes a afundar a economia, resultando em “uma profunda recessão”. Em entrevista ao alemão Der Spiegel, Roubini voltou a fazer previsões bombásticas, afirmando, ainda em fins de fevereiro, que o mercado de ações sofreria uma retração de 30 a 40% em função do coronavírus.

Em que pese as limitações tipicamente burguesas sobre o aspecto mais importante da crise, produto de um longo processo de apodrecimento do sistema capitalista, o economista traz à tona questões cruciais da crise mundial em sua entrevista, traduzida no sítio da Carta Maior.

Uma que aponta para o problema supracitado e que merece ser destacada, não haverá “recessão em forma de V”. Isto por que ainda que a recuperação posterior ocorra, ela não será capaz de puxar o gráfico do crescimento econômico para cima. Isto é especialmente importante de ser destacado, porque a entrevista em questão aconteceu semanas antes da sequência de retrações na bolsa de valores de Nova Iorque, que começou essa semana com a pior retração desde 2008. A queda na bolsa de N. Iorque se deu em função de fatores colaterais da crise, as contradições no interior da burguesia acabaram levando a um choque entre Arábia Saudita e Rússia, o que atendeu aos interesses dos setores imperialistas da burguesia mas levou a uma queda vertiginosa do preço do petróleo e derrubou praticamente todas as bolsas de valores do planeta no começo dessa semana. Claro que esse evento não poderia ter sido previsto mas corrobora a perspectiva de Roubini de que um novo crash está por vir.

Outro ponto que reforça a perspectiva de que este crash tende a ser mais violento é o crescimento da dívida. Conforme relatório divulgado pelo FMI e lembrado pelo economista, o grau de endividamento explodiu de 2008 pra cá, tornando as economias muito mais frágeis em caso de crises financeiras. O economista lembra que a difícil situação do Japão, que poucos dias após a publicação da entrevista divulgou o encolhimento de sua economia no último trimestre de 2019 da ordem de -6,3%, um dado muito significativo da extensão do problema em um país central do imperialismo. Roubini explica ainda que a expansão do endividamento provocou uma nova bolha nos Estados Unidos, que faz a economia americana operar com uma “bomba relógio”.

Mencionando também uma questão aritmética para explicar por que o encolhimento da economia chinesa induz a um cenário de recessão para o ano, Roubini dá muitos detalhes que merecem ser observados, incluindo a perspectiva de uma guerra em função das tensões provocadas pela crise, nesse caso, contra o Irã (que segundo o economista, está acostumado a sofrer e não serão derrotados em caso de guerra por controle de petróleo mas levarão a derrota de Trump). Ele só falha em não aprofundar sua análise (por razões óbvias) e lembrar que o capitalismo, tal qual um decrépito a beira da morte, requer constantes e cada vez mais numerosas intervenções sobre sua débil saúde. Já não há tratamento capaz de curá-lo.

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