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Bolsas em queda

Economista aponta pior crise do capitalismo da história dos EUA

Nova crise do capitalismo é mais do que o coronavírus e o petróleo

O economista de mercado e diretor da Euro Pacific Capital, Peter Schiff, prevê que os Estados Unidos entrarão em sua pior crise econômica. Mesmo com os 1,5 trilhões de dólares de empréstimos de curto prazo que o Banco Central (FED) americano está colocando à disposição dos bancos para evitar que quebrem se houver uma enxurrada movimentação financeira acarretada com as sucessivas quedas das Bolsa de Valores. Ele observa que os EUA “se dirigem para uma recessão independentemente do que possa fazer o FED”. Mais ainda, essa crise vai ser muito pior que a de 2008, com o estouro de uma bolha muito maior, e trará de volta a estagnação junto com a inflação (estagflação), não vista desde a década de 1970 (Rede RT, 13/3/2020).

Na quinta-feira (12) as bolsas norte-americanas caíram entre 9% e 11% apesar dos cofres abertos do FED. Um cenário que não se via desde a segunda-feira negra de 1987. Os economistas e operadores das Bolsas chamam isso de banho de sangue” (“bloodbath“), acarretando perdas de centenas de milhões de dólares em poucas horas, perdas reais de capitais fictícios. Assim como aconteceu na Bolsa de São Paulo três vezes nesta semana, nos EUA a Bolsa de Nova Iorque também tive seu pregão suspenso na quinta-feira.

A crise de 1987, também foi a representação de um processo que se repete muito nas crises recorrentes do capitalismo especialmente nessa fase imperialista e monopolista que tem início no início do século XX. O mercado de ações oferece propostas de lucro fácil e rápido, as ações se valorizam sem serem respaldadas em ativos reais. Em outubro daquele ano, os investidores perceberam que a “bolha” estava por estourar e venderam rapidamente as suas ações. O Banco Central americano criou mecanismos para proteger os bancos e também foi criado o mecanismo de suspender as negociações das ações quando os índices caíssem mais de 10%.

A crise aparentemente foi superada, pois o sistema financeiro conseguiu estacar a queda das ações, consolidando prejuízos basicamente nos pequenos investidores e nos fundos de pensão. Os multibilionários continuaram concentrando a maior parte da renda mundial.

Dez anos depois, outra crise financeira abalou o mundo, iniciando com a falência do banco norte-americano Lehman Brothers, mostrando que o sistema financeiro criado uma outra bolha, de financiamentos residenciais em níveis muito superiores à capacidade de pagamento da classe média norte-americana. Quando os devedores começaram a perder seus empregos ou ter seus salários reduzidos por causa da crise real da indústria e do comércio, tudo caiu como pedras de dominó.

A crise que se iniciou em 2007 gerou a perda de 50 milhões de empregos em 2009 e o empobrecimento geral dos trabalhadores provocando fome em vários países, com o aumento generalizado dos preços dos alimentos. Muitos economistas, como Bresser-Pereira no Brasil, previram que esta seria a crise final do neoliberalismo, achando que um novo momento do capitalismo nasceria com as lições daquele momento.

A fase de excessiva financeirização do imperialismo não encontrou regulação nem estabilidade depois disso. Ao contrário. A tendência à queda da produção industrial nos Estados Unidos e na Europa, com crescimento da China e Rússia, provocou a necessidade do imperialismo em aumentar rapidamente as taxas de exploração do trabalho, gerando guerras regionais permanentes (Oriente Médio, Ásia, África) especialmente por controle de matérias primas e a derrocada de governos em países que pareciam não se subordinar aos capitais norte-americanos, entre eles o Brasil (golpe 2016). A concentração da renda mundial tem sido mais selvagem nessas últimas décadas.

A crise atual, que é noticiada como reflexo de um surto de novo vírus que se iniciou na China (Covid 19) ou como consequência de uma guerra de preços e por mercado de petróleo entre a Arábia Saudita e a Rússia, é a continuidade ou replicação das crises anteriores, a velocidade das transações financeiras faz com que o volume imaginário do capital que circunda o globo em poucos minutos se multiplique de forma exponencial. A instabilidade econômica, ao contrário de se reduzir com o uso massivo das tecnologias da informação, é somente mascarada. A base de tudo é a mesma, desde o início do capitalismo. A capacidade de extrair mais-valia (de explorar o fruto do trabalho humano) encontra barreiras na própria lógica do capital, a tendência à queda na taxa de lucro é produto dessa própria lógica, a competição que força o crescimento tecnológico para a redução dos preços das mercadorias e conquista de novos mercados. Mas a “revolução tecnológica” reduz preços e também a mais-valia na forma de queda da taxa de lucro.

O capitalismo, ao invés de se humanizar, como divulgavam os economistas burgueses, se tornou mais e mais selvagem, guerras e fome proliferaram. Crises e empobrecimento das populações. Pressões por redução de salários, desemprego, perda de direitos já conquistados. São expressões da capitalismo que se torna mais faminto, apesar de estar estourando de gordo.

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