Dando sequência ao “show de horrores” vivido pela população brasileira desde meados do final do segundo turno de 2014, com a instabilidade político-econômica gerada pela direita golpista nacional, as mais recentes expectativas dos capitalistas apontam para uma queda de 4,1% do Produto Interno Bruto do país neste ano; espera-se que a inflação mensurada pelo IPCA seja de 1,76%; a taxa de juros SELIC seja de 2,50% e a taxa cambial do dólar fique em R$5,00. Essas informações são do Relatório Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, 11 de maio.
No caso específico do Produto Interno Bruto, o “pibinho” raquítico de 2019, de 1,1%, se tornará pó diante da colossal derrocada produtiva desse ano, caso as mencionadas expectativas se confirmem.
Com a pandemia de coronavírus, de efeitos desastrosos para a economia de todos os países afetados, a atuação do governo federal brasileiro frente a essa crise sanitária não inspirou bons presságios aos capitalistas. Se a estratégia de expor a população ao contágio do vírus fosse benéfica ao país, os capitalistas poderiam sinalizar que o PIB brasileiro não cairia tanto quanto é projetado. Salienta-se que, há um mês, a projeção de decréscimo do produto interno brasileiro era de 1,96%, há uma semana já havia aumentado para 3,76% e agora saltou para os atuais 4,11%, de acordo com o mesmo Relatório Focus.
Assim, a estratégia de “cada um por si e salvem-se os mais fortes”, capitaneada pelo governo Bolsonaro, está levando ao extermínio de dezenas de milhares de brasileiras e brasileiros, sem expectativas concretas de que esse genocídio será benéfico à economia nacional.
O auxílio de R$600,00, aprovado pelo Congresso Nacional, dado a apenas a uma parcela da população carente que consegue provar regularidade perante o Fisco, seguindo-se um cronograma de saque que pode expor ainda mais as pessoas à Covid-19, é insuficiente para manter as pessoas em casa. Portanto, a ausência de uma política efetiva de redistribuição de renda, que possa garantir o salário mínimo a cada pessoa adulta e idosa vulnerabilizada pela pandemia, poderá levar a economia nacional a uma depressão inédita nos últimos cento e vinte anos.
Considerando-se esse cenário nefasto para a população e para a economia, é urgente a mobilização pela derrubada do atual governo da extrema-direita.
