A economia mundial encontra-se em desbarrancada. A crise mundial se aprofunda, menor crescimento desde de 2008, vários cenários apontam para uma crise sem precedentes, sendo pior que a de 2008.
A OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), organização internacional composta por 34 países e com sede em Paris, França, diz ter objetivo de promover políticas que visem o desenvolvimento econômico e o bem estar social de pessoas por todos o mundo, além de primar pela harmonização da economia no âmbito nacional e internacional. É uma organização que tinha um nome anterior, de OECE, que foi idealizada em 1947 com o objetivo de cooperar na implementação do plano Marshall, um plano financeiro norte-americano, que consistia em ajudar a Europa pós Guerra Mundial. Em 1961 a OCDE foi oficializada.
Dentre os países membros estão: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coréia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letônia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Peru, Polônia, Portugal e Reino Unido.
Os principais objetivos da OCDE são:
- Buscar o desenvolvimento econômico entre os países membros.
- Desenvolver a estabilidade econômica entre os países membros.
- Contribuir para o crescimento do comércio mundial.
- Melhorar o nível de vida entre os países membros.
- Cooperar para o desenvolvimento de emprego entre os países membros
Vale salientar, que dentre todos esses objetivos o interesse é meramente para o grande capital imperialista, que tenta, demagogicamente, passar a ideia de que tem ações sociais relevante para os países pobres. A relevância é a criação de um falso sentimento de democracia, criando uma cortina de fumaça, no que consolida a opressão, o capachismo e subjugação total das nações pobre. Concluindo-se dessa forma a tentativa de sobrevivência do capitalismo diante de uma crise mundial sem precedentes.
Essa organização imperialista, reduziu consideravelmente as previsões de crescimento da economia mundial para 2019 e 2020, situadas no menor nível desde a crise financeira de 2008/2009. O crescimento mundial ficará abaixo de 3% este ano, em 2,9%, o que representa 0,3 a menos que nas previsões de maio.
A OCDE diz ser a incerteza provocada pelo Brexit, a guerra comercial e o endividamento os principais motivos para a desaceleração do crescimento mundial, provando dessa maneira a crise do sistema capitalista que massacra países como o Brasil, aniquila a economia, extermina a população e estabelece o caos sociais em proporções jamais vistas. A tendência é se agravar com a desaceleração da China e a queda de sua importações de matérias-primas. A guerra comercial entre Estados Unidos e China tem efeitos imprevisíveis para o Brasil, e a China, jogando o jogo capitalista, anuncia ao mundo a desvalorização de sua moeda, o Yuan. A importação de commodities (matéria-prima) para China caiu significativamente.
As commodities são matéria-prima produzida em larga escala, que assumem características relevantes como grande importância mundial, produto de origem primária, alto nível de comercialização, qualidade e traço uniforme de produção e não diferenciação de marca, por conseguinte são vistas como investimentos. Com a crise mundial, esses investimentos tendem a desvalorizar pois muitos dos produtos existem em outros países, sendo assim não conseguiremos ter compradores para manter o giro comercial. As nossas principais commodities são agrícolas (café, boi gordo, suco de laranja, minério de ferro, soja e alumínio).
Existe uma guerra comercial e também uma guerra tecnológica no mundo. A guerra pelo padrão 5G (quinta geração de internet móvel) e os impactos que isso vai ter na próxima onda de inovações.
Uma decisão conjuntural, dentro desse sistema capitalista, seria adotar uma postura de independência, com políticas internas moderadas e simples, negociar com países vizinhos e com iguais problemas econômicos, não esquecendo que isso seria uma decisão desesperadora para se manter nesse sistema, sendo que a melhor solução seria derrubar o sistema capitalista e colocar um novo sistema, mais justo e igualitário, como o sistema socialista. Porém, a radicalização da guerra comercial e por hegemonia das superpotências americanas e orientais dificulta a adoção dessa postura e, como se não bastasse, ainda há o alinhamento do presidente golpista ilegitimo Jair Bolsonaro ao presidente americano Donald Trump, colocando o Brasil com um capacho, uma colônia americana.
Se não bastassem esses problemas graves econômicos, seguem ainda as redes midiáticas divulgando estatísticas de alta em bolsa de valores, numa política demagógica e especulativa, como no Brasil, com economia em recessão e bolsas atingindo altos picos. Tudo uma cortina de fumaça para não espantar, ativar, incentivar e motivar a população a avançar em direção às ruas.
É preciso esclarecer, publicar, denunciar, todos os tipos de informação construídas de forma demagógica e especulativa para que as massas e suas organizações, sindicatos, partidos, lutem em torno das mobilizações, greves, fechamentos das fábricas, pois só assim impulsionará os trabalhadores a irem às ruas com seus cartazes, faixas, bandeiras, a fim de derrubar o sistema opressor e consolidar um sistema igualitário, onde o povo organizará o estado.