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Economia ladeira abaixo: setor de serviços tem 3ª queda consecutiva

O Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) divulgado nessa última quarta-feira registrou em junho, pelo terceiro mês consecutivo, retração na atividade do setor de serviços no Brasil, em decorrência de uma nova queda no número de encomendas feitas às insdústrias.

O indicador é elaborado pela empresa internacional de pesquisas Markit Economics e tem como parâmetros:  emprego, prazo de entrega dos fornecedores e estoque de insumos. De acordo com a metodologia da pesquisa, índices em 50% não indicam alteração. Abaixo de 50% representam retração no setor de serviços e acima disso, expansão. No caso do Brasil, em abril a média ficou em 50,6%, contra 53,1 % em março. Maio e junho, atingiram a marca de 48,4% e 49%, respectivamente.

O resultado do PMI brasileiro reafirma uma outra pesquisa divulgada em maio pelo IBGE, também sobre o setor de serviços, que apontava uma queda no primeiro trimestre de 2019 (janeiro a março) de 1,7%, com relação ao mesmo período do ano passado. Se for considerado apenas o mês de março, a queda foi de 2,3% com relação ao mesmo período do ano anterior, só superada pela queda de 3,8% ocorrida em maio de 2018, muito impactada pela greve do caminhoneiros.

Quais as consequências efetivas expressas nessa salada de números? Uma primeira questão essencial é que reforça a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No primeiro trimestre do ano a retração do PIB foi de 0,2% com relação ao mesmo período do ano passado. Para o ano de 2019, pela 18a vez consecutiva, relatório da Focus, feito a partir de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, a previsão do PIB para 2019 diminuiu mais uma vez, agora apontando um crescimento insignificante de 0,85% e o Banco Central já trabalha com a taxa de 0,8%. Ou seja, as estimativas cada vez menores de crescimento para o PIB em 2019 apontam cada vez mais para um crescimento zero e mesmo negativo.

Uma segunda questão que decorre dos números apresentados é a de que a economia brasileira caminha a passos largos rumo a uma depressão. Uma consequência que já é da maior gravidade e vai se intensificar em grande medida é o desemprego. Segundo dados oficiais, o setor de serviços responde por mais de 60% do PIB e por 68% do emprego, aí compreendido, também, o setor informal da economia.

De acordo com dados do IBGE do início desse ano, com base no ano de 2018, 1 a cada 4 brasileiros fazem parte da economia informal, sendo que os empregados informais no setor privado atingem a marca de 11,2 milhões, contra 23,3 milhões de pessoas trabalhando por conta própria. Em conjunto, os trabalhadores informais já superam os dos trabalhadores com carteira assinada, 34,5 e 32,9 milhões, respectivamente.

A queda contínua dos indicadores econômicos do setor de serviços, aliado a queda da produção industrial terão como único resultado o aumento do desemprego (hoje, já atinge mais de 13 milhões de pessoas)..

O desmonte da economia nacional está intimamente ligada ao golpe de Estado no País. Sem desconsiderar a crise econômica mundial, que faz retroceder as condições de vida de amplas massas pelo mundo, a política deliberada da burguesia em promover intencionalmente a desbarrancada da economia para minar o governo de Dilma Rousseff agravou em muito a crise econômica no país.

Posteriormente ao golpe, o governo de Temer e agora o de Bolsonaro vão no sentido de levar as últimas consequências a política de desmonte para favorecer o grande capital imperialista.

Salvo uma parcela da economia que gira em torno do agronegócio e que está voltada, no fundamental, para a exportação de produtos da agricultura e da pecuária, e por isso é atingida apenas parcialmente pela crise, tanto a indústria como o setor de serviços já entraram em uma espiral recessiva, o que agravará sobremaneira a crise econômica e política brasileira.

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