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Economia ladeira abaixo: a principal razão da crise

A crise econômica do Brasil é intensa. A crise industrial, por exemplo, reflete o retrocesso que a política dos golpistas impôs ao Brasil. A produção industrial de junho deste ano teve queda de 5,9% na comparação com a produção de junho de 2018. Ou seja, uma queda de quase 6%.

Além disso, a produção industrial do mês de junho recuou 0,6% em relação ao mês anterior, maio, que já havia tido uma queda de 0,1%. Com isso, a queda acumulada no primeiro semestre do governo Bolsonaro chegou a 1,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda no mês de junho, houve uma redução da produção em 17 das 26 atividades industriais do Brasil. Um terço de toda a produção industrial do país, representada pelos ramos de máquinas e equipamentos, alimentos e veículos automotores, acompanhou a tendência regressiva.

Em relação ao mês de maio, houve queda nas grandes categorias econômicas – a mais intensa sendo de 1,2% em bens de consumo semi e não duráveis. Acompanha isso a queda em bens de consumo duráveis (-0,6%), de capital (-0,4%) e intermediários (-0,3%).

Já na indústria extrativa houve aumento de 1,4%, porém o setor havia passado por um período de quatro meses em queda, acumulando -25,6%. E em relação com junho de 2018, o setor extrativo regrediu 16,3%.

Com isso, a indústria brasileira está quase 18% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011, alguns anos antes do golpe de Estado, que atingiu nocivamente a totalidade da indústria brasileira.

 

Balança comercial

 

Já balança comercial brasileira registrou um superávit de R$ 878 bilhões em julho. Desta forma, Bolsonaro conseguiu mais um recorde, pois trata-se do pior mês em cinco anos (julho de 2014).

A crise comercial brasileira ficou evidente, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Economia, tanto nas exportações quanto nas importações, que registraram, respectivamente, uma queda de 14,8% e 8,9% ante julho de 2018.

Nos setes primeiros meses do governo Bolsonaro a balança comercial ficou em R$ 108,6 bilhões, um recuo de 16,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em julho, as exportações recuaram em todas as categoriais, com um destaque importante para os embarques de produtos básicos, que recuaram 16,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as vendas de petróleo em bruto e soja em grão houve um recuo de, respectivamente, 61,2% e 34,6% – nestes dois importantes produtos da economia brasileira.

 

Crise generalizada

 

No que diz respeito ao desemprego e ao crescimento do PIB a situação também não é melhor. Além da desindustrialização e da falência comercial brasileira, o país ainda enfrenta um desemprego ascendente e uma diminuição constante das expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, que passou de 2,5% para 0,81%. Isto é, se não abaixar ainda mais, um crescimento totalmente pífio para um país atrasado como o Brasil, que precisa desenvolver inclusive sua produção capitalista.

Na verdade, o crescimento de uma quantia mínima do PIB brasileiro é uma necessidade histórica que acontece à medida que o tempo passa. A ação governamental, dos golpistas, capachos do imperialismo, vai no sentido de atrasar este crescimento, de forma que não estimulam e muito menos deixam acontecer o que naturalmente aconteceria diante das novas necessidades do sistema capitalista internacional.

Já na questão do desemprego, dezenas de milhões de pessoas estão sendo afetadas, principalmente a juventude, que começará a trabalhar mais tarde e portanto, com a nova regra para aposentadoria (reforma da previdência), terão de trabalhar até morrer.

 

Crise política e Bolsonaro

 

Como se sabe, a economia é o motor da história. O país está indo de maneira acelerada, como fica claro à partir dos dados divulgados, para uma situação de profunda crise econômica.

As empresas brasileiras estão sendo destruídas pela Lava Jato e a política diplomática pró-imperialista do governo capacho de Bolsonaro, que está procurando superar os tempos odiosos da era FHC e a Ditadura Militar, que destruíram o país e colocou-o sob o controle de empresas estrangeiras.

Este era o objetivo do golpe desde o início. A destruição da Lava Jato de grandes empresas nacionais, como a Odebrecht, a OAS e a Cervejaria Petrópolis tem com objetivo abrir o caminho para a dominação imperialista sobre o país.

A política de Bolsonaro vai no mesmo sentido, de esfoliar totalmente o país de seus patrimônios. A política servil aos EUA tem causado uma grande crise comercial no Brasil e sua relação com os países do Oriente Médio, uma vez que o país latino-americano tem se colocado à favor da política de ataques aos países árabes, que são grandes exportadores de produtos brasileiros.

Além disso, o presidente ilegítimo tem realizado um duro esforço no sentido de privatizar todas as estatais brasileiras, anunciadas pela imprensa como sendo parte de um plano intenso, que pode colocar o Brasil como o realizador do maior projeto de privatizações da atualidade.

Desta forma, o problema da derrubada do governo Bolsonaro não apenas político. Os fatores políticos são diversos. O governo apoio a tortura e quer impor uma brutal ditadura contra a população com a destruição de todos os direitos democráticos do povo.

Porém, o problema é também e principalmente econômico, de forma que as contradições entre os diversos setores da burguesia estão se aprofundando. A população está jogada em um total descaso, sem emprego, sem direito à aposentadoria e assim por diante. Se o governo continuar, irá impor um dos maiores retrocessos econômicos da história do país.

Bolsonaro, portanto, precisa ser derrubado para impedir que uma tamanha destruição aconteça. Para isso, é fundamental colocar em questão a luta política contra o governo e pela realização de novas eleições, em que o povo possa escolher sem a interferência do judiciário, que impediu Lula de ser candidato em 2018.

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