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Crise total

Economia entrará em colapso, diz Guedes

O que está por trás da siceridade repentina do Ministro da Economia?

Ontem o Brasil acompanhou atônito mais uma atitude grosseira do presidente fraudulento Bolsonaro. Sem nenhum aviso, o golpista invadiu o Superior Tribunal Federal (STF), acompanhado de uma turba de empresários.

Bolsonaro forçou uma reunião não agendada, com o golpista presidente do Tribunal, o ministro Dias Tóffoli, numa clara atitude intimidatória. Ao que parece, a estratégia funcionou, pois a reunião ocorreu num clima de flagrante desconforto para o ministro da Suprema Corte.

Para além da visível tentativa de Bolsonaro de transferir a responsabilidade do fracasso de sua equipe econômica, merece destaque a participação de seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, que pela primeira vez admitiu que “a economia brasileira já sente os efeitos do novo coronavírus e está começando a colapsar”. Como é praxe nesse governo, Guedes há alguns meses comemorava sinais de recuperação econômica, que só ele enxergava. Repetia este mantra como se tivesse o poder de transformar seus desejos em realidade. Mas o que aconteceu agora para esta mudança de visão do Ministro?

Há uma clara tentativa de transferência de responsabilidade. Guedes, assim como todo mundo, já sabe que os resultados econômicos para 2020 serão catastróficos. Mesmo que, a despeito da pandemia, fosse retomada a atividade laboral a plenos pulmões, a economia brasileira não teria como se recuperar, pois é profundamente dependente da economia mundial, que já vem se arrastando de crise em crise há muito tempo e agora entra em terreno nunca antes explorado. Também é previsível que o coronavírus provoque mudanças nos padrões de consumo, nos costumes e nas frequências com que as pessoas viajam e como planejam suas vidas no mundo todo, isso afetará de forma significativa o capitalismo.

Bolsonaro chegou a afirmar que “as consequências estão batendo à porta de todos”, numa clara tentativa de justificar o fim da quarentena, demanda emergente dos capitalistas, sobretudo dos com menor acúmulo de capital, como o dono da Havan e o do Madero, bolsonaristas fieis.

A reunião também foi um festival de declarações hipócritas como a de um “preocupado” Paulo Guedes, que voltando ao seu cinismo disse: “Nós conseguimos, através de várias medidas, preservar vidas mas também preservar empregos”. Será que Guedes não sabe que a cada dia o número de mortes no Brasil bate recordes? Que já superamos o número de mortes do país mais populoso do mundo, a China? Que o desemprego avança a cada dia como uma tsunami?

“Não queremos virar a Venezuela e nem a Argentina” disse Paulo Guedes, apontando o dedo para outros na tentativa de se livrar da atenção indesejada, da mesma forma que fazem aqueles que defendem seu governo, e não conseguem fazê-lo sem pronunciar as palavras Lula e Dilma. Paulo Guedes segue na contramão do senso comum e, no momento de grave crise econômica, demoniza o serviço público quando acena para a privatização em larga escala e o congelamento de salários de servidores.

Os empresários que acompanhavam Bolsonaro também contribuíram com o convencimento do Ministro e apresentaram números de fábricas e empresas paradas, alertando para os possíveis prejuízos que um mau funcionamento da economia pode causar. Nas palavras de Bolsonaro: “Economia também é vida. Não adianta ficar em casa e, quando sair, não ter nada para comprar nas prateleiras. Seremos esmagados por isso”.

Bolsonaro segue sondando os limites do que restou da “democracia” burguesa brasileira e acaba de encontrar mais um ponto fraco, a suscetibilidade à pressão do presidente do STF. É preciso ficar atento aos Jipes que transitam na Esplanada.

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