Os economistas europeus acenderam o sinal de alerta para a economia alemã, a maior do continente europeu. Os resultados econômicos do ano passado apontam para um desaceleração ainda maior da economia em 2019.
O Produto Interno Bruto estagnou no último trimestre de 2018, mantendo-se no mesmo nível do trimestre anterior. Só que o 3º bimestre apresentou uma queda de 0,2 % na comparação com o 2º bimestre. Para os economistas, quedas no PIB por dois semestres seguidos caracterizam um quadro de recessão.
Essa recessão ainda é tratada como leve, pois não houve um encolhimento computando todo o ano. Nos 1º e 2º semestres a economia havia crescido 0,4% e 0,5%, respectivamente,
Os analistas econômicos, por razões óbvias, procuram dourar a pílula, quando se trata de colocar a nu a verdadeira dimensão da crise mundial, mas não deixa de ser altamente sintomático o debilitamento da economia alemã contra todas as previsões de crescimento apontadas no início de 2018.
Um outro dado ainda mais significativo da estagnação da economia alemã, diz respeito à produção industrial. O último trimestre que teve um crescimento razoável foi o quarto de 2017. De lá para cá, a produção oscilou um pouco acima do positivo, mas em novembro de 2018 a queda com relação a igual período de 2017 alcançou 4,7%.
Se somarmos a crise da indústria alemã às consequências da saída da Inglaterra da União Européia e a crise que empurra ladeira abaixo o governo Macron, na França, temos os ingredientes que podem dar vazão para a reabertura da crise mundial do capitalismo em dimensões ainda mais graves do que em 2008.