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É preciso um plano geral de mobilização para derrubar o governo

As recentes e bem sucedidas mobilizações protagonizadas pelo movimento de luta dos trabalhadores, dos estudantes, dos professores universitários e das massas populares de uma forma geral evidenciaram uma enorme disposição de luta demonstrada por todos os setores que participaram dos movimentos. As enormes manifestações em todo o País deixaram claro que há todo um enorme material inflamável no ar que precisa ser aproveitado e colocado em atividade para derrotar o governo Bolsonaro, nocauteando também o regime político e a burguesia em seu conjunto, responsáveis pela gigantesca fraude levada adiante pelos mais distintos setores que apoiaram o golpe de Estado de 2016.

As três grandes manifestações nacionais (dia 15 e 30 de maio e 14 de junho), juntamente com a “Marcha da Maconha” e o “Festival Lula Livre” encurralaram o já moribundo e cambaleante governo Bolsonaro, totalmente desmoralizado e odiado ante os olhos da população. Este estado de decomposição precoce do presidente fraudulento pôde ser visto nas “manifestações” chamadas pelo próprio Bolsonaro e a extrema-direita bolsonarista em apoio ao governo, no dia 26 de maio, onde o que se viu nas ruas foi o mais completo e retumbante fracasso, com o número de participantes inferior até mesmo à “Marcha da Maconha”.

Um traço comum em todas essas manifestações, além das reivindicações específicas em torno ao protesto contra os cortes de verbas no orçamento das universidades, foi o grito de guerra da população pelo “Fora Bolsonaro”. O clamor popular em torno a esta palavra de ordem vem sendo ouvido nos quatro cantos do país, não deixando dúvidas sobre o desejo da população em se livrar do governo que vem promovendo o maior ataque às condições de vida da população, os ataques  aos direitos e conquistas sociais, além do verdadeiro leilão a que vem sendo submetida a economia do país e outros ativos nacionais em favor do imperialismo e do grande capital.

No entanto, para que a luta das massas se imponha como um verdadeiro fator de pressão contra o governo, indo até ao sufocamento do regime burguês golpista, o movimento precisa ir além de lutas esporádicas, descontínuas e espaçadas. Por mais importantes que sejam as lutas e as vitórias parciais, elas somente podem aparecer como eficazes se houver um plano de lutas, um calendário que aponte para a sua continuidade. O desenvolvimento da luta depende da sua afirmação, da sua evolução e da projeção desta luta para patamares superiores; vale dizer, de luta e enfrentamento contra o regime burguês em seu conjunto.

O movimento de luta das massas, a autoconfiança em sua força, em seu poderio, só pode ser o resultado das experiências vivenciadas através da sua ação prática, das lutas e dos enfrentamentos protagonizados contra o inimigo, neste momento representando pelo governo Bolsonaro e os golpistas fraudadores da vontade popular. E não há atalho para essa condição ser alcançada a não ser a frequência com que esses embates aconteçam. Por isso é necessário que as direções do movimento, em primeiro lugar a CUT e as demais entidades de luta que organizaram de fato os movimentos vitoriosos, organizem e definam um PLANO de LUTAS para o próximo período imediato, convocando e fazendo um amplo trabalho de agitação e propaganda para novas mobilizações (não devemos fechar o mês de junho sem uma outra grande mobilização nacional contra o governo Bolsonaro).

Bombardeado pelas demolidoras denúncias envolvendo um dos seus principais ministros, o cínico e fraudador ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, o governo Bolsonaro está nas cordas, enfraquecido, torpedeado. Este, portanto, é o momento de ir para cima dos golpistas, nocauteá-los de vez e destronar Bolsonaro junto com seu vice reacionário e golpista, o General Hamilton Mourão. A iniciativa não pode ficar nas mãos da burguesia e nem passar também pelos acordos de bastidores envolvendo inclusive setores da esquerda, alguns deles empenhados em salvar o regime golpista, apontando como solução o afastamento de Bolsonaro e sua substituição por Mourão, uma espécie de “válvula de segurança” do regime imposto como vice pelos militares para ser apresentado como alternativa diante do naufrágio de Bolsonaro e seu governo cada dia mais impopular.

A única saída progressista para a crise, que dizer de um ponto de vista positivo para os trabalhadores e as massas populares, é a derrocada cabal e completa de Bolsonaro, dos golpistas, da burguesia e do imperialismo. Para isso é necessário intensificar a luta, as mobilizações, a ocupação das ruas pelos trabalhadores, pelo movimento estudantil e popular e por todos os setores que sofrem o dia a dia da exploração, dos ataques, da violência policial, do confisco de direitos, da destruição da educação, da saúde, da previdência social, do meio ambiente, dos assassinatos de sem terra, das mortes provocadas pelas doenças que recrudescem em várias regiões do país (Dengue). Não há o que esperar, esse é o momento.

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