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É Lula ou nada!

É preciso um amplo movimento de massas para garantir Lula em 2022

A defesa de Lula só poderá se dar nas ruas. O ano de 2021 precisa ser o ano da defesa dos direitos democráticos de Lula e de uma grande mobilização por sua candidatura

A pressão da burguesia contra a candidatura do ex-presidente Lula em 2022 não para de crescer. Após o vazamento de novas conversas entre o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz da operação Lava Jato, Sérgio Moro, a crise em torno dos processos ilegais contra Lula apenas aumentou.

Uma perseguição política implacável

Nas declarações, repletas de amostras da total arbitrariedade com que foi levada a prisão de Lula e suas condenações, a perseguição política é visível, assim como a cooperação direta com o imperialismo norte-americano. Dada esta situação crítica da qual a operação Lava Jato fora posta, não restam muitas opções para a burguesia brasileira senão sacrificar a operação e seu principal peão, Sérgio Moro, após o papel de ter impedido que Lula concorre às eleições de 2018, e seus direitos políticos fossem retirados, tivesse sido cumprido.

Agora, o mais novo golpe preparado pela burguesia golpista é que, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) considere Moro como parcial no caso do tríplex, Lula não terá seus direitos políticos restituídos.

Segundo as alegações dadas pela justiça burguesa, Moro estaria sendo considerado parcial no julgamento de Lula no caso do tríplex em Guarujá. Enquanto isso, Lula ainda teria uma segunda condenação, em outro caso, referente a obras no sítio de Atibaia. Nesse caso em questão, no qual Moro também teve atuação, a justiça golpista considera de maneira cínica que a condenação feita contra o ex-presidente não deveria ser suspensa, pois a condenação em si não havia sido feita pelo então juiz Sérgio Moro, mas sim pela juíza discípula de Moro, Gabriela Hardt.

Um regime ditatorial

Em resposta, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, formado por juízes e advogados que acompanharam os processos feitos contra o ex-presidente, e a participação de Moro, colocou que a parcialidade “uma vez admitida para um caso, passa a contaminar todos os demais. A consequência, pois, é a anulação de todos os processos conduzidos pelo Moro que envolvem o ex-presidente Lula”.

Tal declaração serve para mais uma vez revelar a total ação criminosa da justiça burguesa. Não há intenção alguma de combater os intensos ataques feitos pela criminosa operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula, mas sim de garantir que ele continue sem seus direitos políticos, independentemente do quão criminosa tenha sido sua condenação.

A perseguição política é intensa, e a própria campanha feita pela imprensa burguesa em torno da necessidade de impedir que Lula concorra às eleições de 2022 reforça este problema. Após tentar criar um estado de terror colocando de maneira desesperada que Lula seria o candidato que Bolsonaro mais fácil ganharia, agora a mesma imprensa pressiona para que Fernando Haddad seja o substituto de Lula nas eleições, uma verdadeira réplica da fraude de 2018.

Lula ou nada!

Recentemente, Lula teria declarado que Fernando Haddad seja candidato à presidência caso não viesse a concorrer. A notícia em questão foi rapidamente propagandeada pela imprensa burguesa, buscando jogar um “balde de água fria” em toda militância de esquerda e no trabalhador brasileiro.

Lula é visto pela classe trabalhadora como nenhum outro. É colocado como o candidato natural da luta contra o golpe, da luta contra o governo de Jair Bolsonaro, e um símbolo dos ataques feitos contra a população, sobretudo com a intensa perseguição política que sofre. A retirada de Lula das eleições nada mais seria do que um novo golpe dado contra a população brasileira, que terá mais uma vez o seu direito de votar no candidato mais popular do país anulado, e transferido para qualquer outro político aprovado pelo regime golpista.

As declarações que visam impulsionar Fernando Haddad surgem com a clara intenção de já promover a desistência completa da candidatura de Lula, a única que pode, de fato, promover em torno de si uma grande agitação no interior da classe trabalhadora, e exigiria no decorrer da luta uma ampla mobilização da população contra o golpe de Estado.

A mobilização é a única saída

Contudo, em contrapartida a esta tendência, Lula de maneira acertada pontuou em reunião com o comitê nacional Lula Livre que o único meio de garantir os seus direitos políticos é a mobilização. Em sequência, o comitê anunciou que pretende fazer ações no dia 27 de fevereiro, nas capitais e no exterior. Além disso, se discute fazer uma nova vigília em frente ao STF, assim como fora feito contra e prisão de Lula em Curitiba, para defender os direitos democráticos do ex-presidente.

Esta política precisa não apenas ser apoiada, como também fortemente ampliada para todos os setores da esquerda brasileira. É necessária uma forte agitação e propaganda, atos públicos, em uma ampla mobilização da população brasileira. Todos os partidos que se consideram de esquerda e têm militantes que lutam contra o golpe, obrigatoriamente devem defender os direitos democráticos de Lula nas ruas.

Esta é uma questão fundamental para a luta contra todo o regime golpista. Apoiar Lula e seus direitos políticos, bem como sua candidatura em 2022, não é meramente uma forma de apoiar sua figura, mas sim de impulsionar este amplo movimento, do qual nenhum outro candidato seria capaz de fazer.

Para derrotar Lula, Doria e todos os golpistas e impulsionar a política de Lula em 2022, é essencial travar esta luta.

O temor em torno de sua candidatura deixa claro este problema. Lula, entendo a questão, pontuou que Bolsonaro não quer enfrentá-lo pois “sabe que perde”. Por isso a burguesia age o mais ditatorialmente possível para impedir que Lula concorra em 2022.

Seja com um candidato do centrão, como Doria, Huck, seja com Bolsonaro, a burguesia jamais se colocará do lado da “democracia”, como acreditam diversos setores da esquerda pequeno-burguesa. A perseguição a Lula é a prova concreta deste problema, que tem como única solução real a mobilização da população trabalhadora. O ano de 2021 deverá ser o início desta ampla campanha nas ruas de todo País.

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