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Derrotar os golpistas

É preciso responder nas ruas o ato de Bolsonaro

Os trabalhadores e suas organizações de luta devem convocar atos massivos para se opor à mobilização golpista da extrema direita marcada para o dia 15 de março

Em todo o último período, a ofensiva reacionária da extrema direita vem ganhando espaço no cenário político nacional, sem que haja uma  reação à altura, por parte do conjunto  das organizações de luta do movimento social de massas, muito em função da política de paralisia das suas principais direções. O ápice desta investida das forças reacionárias e pró-imperialistas contra o conjunto da esquerda nacional  e os movimentos de luta dos trabalhadores se deu com o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff (derrubada por um golpe de Estado), culminando com a eleição (manipulada e fraudada) de Jair Bolsonaro, apoiado pelas instituições do Estado burguês, os grandes capitalistas e o imperialismo.

Neste momento, é indisfarçável a crise na qual o governo Bolsonaro se encontra imerso. A economia não decola, ostentando números cada vez mais pífios e raquíticos, com o Produto Interno Bruto (PIB) não alcançando sequer o  medíocre índice de 2% (Bolsonaro cobrou do Ministro “Chicago Boy” Paulo Guedes pelo menos 2% de crescimento  para o próximo período, ameaçando-o com a perda do cargo). Todos os demais indicadores, sejam econômicos e/ou sociais (desemprego, crescimento da miséria e da pobreza, destruição da educação e da saúde), atestam o completo fracasso do governo que a a burguesia e o imperialismo impuseram ao País, como resultado e desfecho do golpe de Estado de 2016.

O governo vem sendo amplamente repudiado pelo conjunto do povo brasileiro, como acabamos de ver acontecer na maior e mais importante festa popular do País, o Carnaval, onde a figura do presidente foi objeto de chacota e protestos, seja pelos blocos de rua, ou nos desfiles oficiais nos dois maiores Estados brasileiros, onde várias escolas de samba entraram na avenida com representações críticas diretamente à imagem do presidente e a seu governo. De uma forma geral, o grito que se ouviu em quase todas as principais cidades onde a festa popular aconteceu foi o “Fora Bolsonaro”, numa clara alusão das massas populares ao desejo de ver chegar ao fim o governo que vem promovendo a maior obra der destruição contra o País e o povo trabalhador brasileiro.

Diante deste quadro de absoluta bancarrota econômica e social, Bolsonaro e o núcleo central que lhe hipoteca apoio (institucionalmente, os generais golpistas; socialmente, uma parcela cada vez menor da população, a extrema direita fascistóide) vem tentando reagir investindo contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Em recente declaração, o general bolsonarista Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), contrariado em uma demanda junto ao Congresso, atacou a instituição parlamentar com ofensas de baixo calão. A indignação do General, no entanto, não ficou somente no terreno das (baixas) palavras. O militar da reserva está bem ativo nos intentos golpistas e simultaneamente exortou a extrema direita a ocupar as ruas no próximo dia 15 de Março, em ato nacional em defesa do presidente Bolsonaro e contra o Congresso Nacional, reivindicando o fechamento da casa parlamentar, com ataques diretos aos presidentes das duas casas, Rodrigo Maia (Câmara dos Deputados) e David Alcolumbre (Senado Federal).

A repercussão foi imediata e vários setores vêm se manifestando contrários à mobilização golpista do General palaciano, o mais contundente e ardoroso defensor do presidente fraudulento. “Democratas” da estirpe de FHC e do governador direitista João “Bolso” Dória, dentre outros de menor expressão, já deram declarações em redes sociais em defesa da “democracia e das instituições”, tentando se colocar, demagogicamente, contra o golpismo de Bolsonaro e Heleno. Nunca é demais lembrar que foram exatamente esses “democratas” que não só apoiaram como articularam e moveram as peças do impeachment contra o governo petista eleito pelo voto popular.

Assim, a única ação verdadeiramente conseqüente e antigolpista contra a mobilização fascista da extrema direita, chamada diretamente pelo Palácio do Planalto, é o chamado à mobilização popular, um grande ato nacional para se opor tanto aos golpistas que a convocam quanto aos “democratas” vulgares que pretensamente ensaiam reagir aos reacionários direitistas, que não vão além de declarações puramente retóricas em ambientes virtuais.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento Popular, os partidos de esquerda, os Sindicatos, as Federações e Confederações, a União Nacional dos Estudantes (UNE), as entidades de defesa das minorias oprimidas, dos Negros, das Mulheres, dos LGBT’s, dos indígenas; enfim, todas as representações nacionais do povo trabalhador, dos explorados do campo e da cidade têm o dever de convocar e organizar atos massivos em todo o País não só para repudiar a ofensiva golpista da extrema direita, como para exigir o fim do governo de opressão nacional, de entrega do patrimônio público ao capital estrangeiro, de ataque às condições de vida da população pobre e explorada, de destruição das conquistas sociais.

É dever de todas as organizações de luta dos trabalhadores, dos partidos da esquerda nacional, parlamentar ou não, impedir que a luta contra os golpistas seja conduzida pelos próprios golpistas, os mesmos que pavimentaram o caminho para o governo de extrema direita. A consigna para guiar esta luta, para orientar a ação das massas populares não pode ser outra senão o grito que ecoou em todo o País por ocasião do Carnaval, o “Fora Bolsonaro”, fora o governo dos banqueiros, dos capitalistas, dos especuladores, da burguesia, da extrema direita e do imperialismo.

 

 

 

 

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