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Não à conciliação de classes

É preciso reforçar a convocação para os atos do dia 13

As manifestações de rua neste momento definirão os rumos da disputa entre a classe operária e o bloco golpista

Agora é o dia 13! Não existem mais dúvidas de que os mais de 40 atos pelo País, ocorridos no último domingo, apontam para uma mobilização geral dos explorados em favor da derrubada do governo Bolsonaro. Isso significa que a campanha consciente promovida pela burguesia e seus meios de comunicação, utilizando, como pretexto, a pandemia, materializada no “fique em casa”  e que contou com o apoio fundamental da esquerda burguesa e pequeno-burguesa está em processo aberto de ruptura.

É claro que o regime político burguês saído do golpe de 2016 ainda não se deu por vencido. Muito pelo contrário. A campanha liderada pela “frente ampla” no sentido de defender que ainda não é o momento de ir às ruas nem de participar de atos são demonstrações da luta política que está em curso. Essa campanha tenta estabelecer um controle sobre o movimento, campanha que buscou reeditar os atos “sem bandeiras” e se valer de determinações judiciais para confundir o movimento e alterar nas vésperas dos atos os locais de realização, como ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro.

É nesse contexto que se insere o importante ato do dia 13 de junho, aprovado na última plenária da Frente Brasil Popular, que apontou a data como um dia de mobilização nacional. É decisivo que organizações e partidos de esquerda compreendam que as manifestações de rua definirão os rumos da disputa entre a classe operária e o bloco golpista da burguesia.

De um lado, estão os trabalhadores que se encontram entre a “cruz e a espada” da contaminação e morte pelo coronavírus ou pela fome e o desemprego. Os dados oficiais, sempre camuflados, apontam que já são quase 750 mil contaminados e 40 mil mortes, sendo que a pandemia se alastra nos bairros das periferias e nos locais de trabalho. O desemprego já atinge a astronômica cifra dos 20 milhões. Quando somamos a esse contingente os trabalhadores que tiveram seus contratos suspensos ou diminuídos com a Medida Provisória 936 e as dezenas de milhões de trabalhadores na informalidade e que, em sua maior parte, sequer conseguem receber a esmola de R$600 “ofertada” por Bolsonaro e o Congresso Nacional, fica evidente concluir que mais de 100 milhões de brasileiros estão em uma situação desesperadora. Justamente é essa a realidade que está servindo como propulsor das mobilizações que começam a tomar vulto.

Do outro lado da barricada, temos a burguesia, Bolsonaro, seus generais e todo o regime político saído do golpe, que decidiram que os explorados seriam os responsáveis por pagar a conta da crise. São trilhões para os banqueiros e grandes capitalistas. Não há uma só medida editada pelo Executivo ou pelo Legislativo que não leve em conta como fazer para esfolar ainda mais os trabalhadores. Quanto à pandemia, a burguesia abandonou até mesmo os discursos demagógicos de que haveria por parte do Estado uma política de combate a ela. A reabertura da economia é geral e a ordem agora é sonegar os números.

A fim de servir como barreira diante da exponencial polarização política, a burguesia e seus partidos se valem de uma parte da esquerda. Sem contar partidos e políticos abertamente golpistas como o PDT de Ciro Gomes, a Rede de Marina Silva e o PSB, a direita se vale ainda do PCdoB, da direita do PT, do PSOL, que estão impulsionando a constituição de uma Frente Ampla, com golpistas de primeira linha do PSDB, do DEM e do MDB, materializada no manifesto público divulgado no final de maio – Estamos Juntos – que, não deixou margem a dúvidas sobre o seu propósito, que é o de reeditar um movimento como a das “Diretas Já”. Esse movimento resultou numa frente ampla entre setores da esquerda e políticos da ditadura militar. E o resultado disso foi sequestrar das mãos do povo a luta pela derrubada da ditadura, e canalizar todo o movimento de descontentamento para o Congresso Nacional. Não é por outro motivo que o manifesto sequer cita Bolsonaro e nem defende a sua derrubada. Trata-se de uma política de “Fica Bolsonaro” e vamos para as próximas eleições, que seria o palco adequado para se resolver as disputas.

Diante dessa luta política, cabe aos partidos de esquerda que estão na luta contra o golpe, aos movimento populares, às torcidas de futebol – um movimento de congrega operários e suas famílias e uma resposta à paralisia dos sindicatos – a constituição de uma frente única para derrubar Bolsonaro. O único caminho para isso é o fortalecimento e crescimento das mobilizações de rua. É nesse contexto que o dia 13 deve servir como uma alavanca para impulsionar ainda mais a luta nas ruas.

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