Hoje, dia 7 de julho, na Venezuela se comemora a independência política do país em relação ao que foi o império espanhol. Em relação às comemorações, grupos opositores realizaram comemorações concomitantes em locais diferentes da capital Caracas. De um lado, Nicolás Maduro, representante do povo venezuelano e sucessor político de Hugo Chaves. Do outro, Juan Guaidó, que desde janeiro se autoproclamou presidente do país sem que para isso tenha sido eleito.
Parte de Maduro houve declarações que falam sobre haver espaço para ambos dentro da Venezuela. Com uma política conciliadora em que pede a intervenção de um país teoricamente neutro para media o conflito: a Noruega. O presidente ainda defendeu a necessidade de exercícios militares no dia 24 de julho para a defesa de “mares, rios e fronteiras”, dessa forma reafirma a necessidade de se defender da maior ameaça imperialista, os Estados Unidos.
No entanto, fica claro no discurso conciliador de Maduro a aparente ilusão com relação à oposição institucional apresentada pelo congresso venezuelano personificada na figura de Guaidó. O que o governante não percebe é que ao buscar se defender exclusivamente dos ataques militares que podem partir dos EUA, esquece das armas que a instituições norte-americanas detém no sentido de desestabilizar regimes democráticos dentro do próprio país através de capachos do imperialismo, como é o caso de Guaidó. Ainda mais do que isso, Maduro parece não enxergar o processo de derrubada de governos de esquerda por todo continente latino-americano através de golpes de estado – institucionais ou militares – que se iniciaram em 2008 em Honduras e se espalharam rapidamente.
Não se trata de um ato de má fé ao buscar uma tentativa de conciliação. No entanto, ao adentrar no jogo político da extrema-direita – que domina as grandes potências capitalistas atualmente – Maduro estará buscando a paz com o Diabo. E quando abaixar a guarda, este atacará novamente.
Por isso é necessário que, para a verdadeira independência da Venezuela, Guaidó seja preso pelo crime de traição a pátria, uma vez que este se vendeu como escravo do capitalismo norte-americano que só enxerga um grande poço de petróleo em “seu quintal”. Mais do que isto, a prisão do golpista será pelo menos neste momento o fim da crise política venezuelana que não irá ceder enquanto a ameaça imperialista que este representa pairar sobre a cabeça do povo.