Conforme artigo da imprensa venal e divulgada pela Federação Única dos Petroleiros, na última quinta-feira (16), 132 trabalhadores de plataformas foram contaminados pelo coronavírus em menos de uma semana, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo.
O levantamento foi feito após a confirmação no último dia 09 dos primeiros casos de infectados na FSPO Capixaba, no Espírito Santo. Pelo menos 34 trabalhadores da plataforma, operada pela SBM a serviço da Petrobrás, foram contaminados. Na sequência, foram também noticiados a suspeita de 13 casos de Covid-19 entre trabalhadores da FPSO Cidade de Santos, da Modec, que opera campos da Petrobrás na Bacia de Santos.
Segundo diz a reportagem, as duas plataformas foram paralisadas em função da contaminação.
Os casos de trabalhadores offshore que apresentaram são mais de 1000, mais precisamente 1179 casos comunicados à ANP. Destes 132 testaram positivo e 947 aguardam resultado.
Conforme a FUP, a direção da Petrobrás age a revelia do sindicato, apesar de essas questões, conforme convenção coletiva dos trabalhadores, questões de segurança, proteção e saúde dos trabalhadores deveriam ser discutidas com os sindicatos e a federação. Estão negligenciando a segurança e negando as reivindicações.
A ANP afirmou que não há, até o momento, registro de mortes de profissionais da área de exploração e produção, porem, de acordo com reportagem, não foi informado em outros setores. Dos casos que testaram positivo, 74 profissionais estavam em unidades de perfuração e produção.
Tudo às escondidas
Apesar de dizer que está dando toda a assistência, que está fazendo tudo certo e, que até a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Secretaria do Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, com o acompanhamento de procuradores do Trabalho, pode se colocar em dúvida a afirmação fornecida da ANP, uma vez que existe uma única preocupação diante, que é a produção a qualquer custo, uma vez que, tanto o presidente Roberto Castello Branco, bem como seu parceiro, o banqueiro golpista e ministro da economia Paulo Guedes, não dão a mínima atenção às questões de segurança, sem dizer ainda, o fascista Bolsonaro. Tanto é assim que, resolveram extinguir toda e qualquer Norma Regulamentadora (NR) que existia que se tratava da segurança e saúde dos trabalhadores.
Uma das maiores estatais do país omitem informações, num desrespeito imensurável aos milhares de trabalhadores, tanto os da própria empresa, quanto os terceirizados, somente por esta questão é que a “Petrobrás explicou que não dá maiores informações sobre os profissionais contaminados para garantir a privacidade deles e de suas famílias”. Muito provavelmente já deve ter petroleiros que não estejam mais entre os quadros de funcionários, porque já se foram. Para esses golpistas, capachos do imperialismo, só existe uma preocupação que é tão somente com a entrega desse enorme patrimônio.
É necessário que a FUP e demais direções dos sindicatos tomem a iniciativa de impulsionar a greve, a exemplo dos 20 dias, no mês de fevereiro, pela vida dos petroleiros. Devem inclusive tirar como lição a experiência daquele movimento que, não se pode dar crédito ao judiciário, um dos braços dos golpistas.
É necessário, ainda, que a Central Única dos Trabalhadores, a única central que, de fato representa o conjunto dos trabalhadores, diante do brutal ataque imposto pelos patrões e o governo golpista, discutam a urgência de uma greve de todo o funcionalismo público, como os Correios, assim como a Petrobrás, para que não as privatizem. em todas elas, em maior ou menor grau os trabalhadores sofrem o mesmo desprezo de suas direções, bem como, dos golpistas de plantão no governo, subservientes do imperialismo, principalmente o norte-americano.