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Greve 1°de Julho

É preciso organizar o movimento dos entregadores de aplicativos

Situação de extrema expropriação aos trabalhadores por aplicativos levam estes a anunciar paralisação total dia 1° de julho, mas é necessário aprofundar organização sindical

Nesta quarta feira, 1° de julho ocorrerá paralização nacional dos entregadores de aplicativo. A categoria é o reflexo direto do golpe de estado, durante a derrubada de Dilma Rousself, as grandes empresas capitalistas já preparavam o bote sobre muitas categorias profissionais, com o discurso farsa e muita propaganda do “seja o patrão de você mesmo”. Tudo isso alicerçado na reforma trabalhista que é o arcabouço legal para a tamanha expropriação que estes setores sofrem.
Os trabalhadores do ramo de entregas por aplicativo são uma categoria absolutamente esmagada e formada basicamente por lumpem – proletários e outros da pequena burguesia que estão descendo a pirâmide social, além de ser uma categoria nova e sem experiência de luta, de sindicatos etc. Ou seja, sem organização.
A baixa remuneração, a inexistência de direitos trabalhistas, o que obriga os entregadores a terem de arcar com toda a estrutura para o trabalho (bolsas, equipamentos de segurança do trânsito, bicicletas, motos e sua manutenção), a falta de segurança em relação ao futuro em caso de acidentes ou doenças, sequer espaços físicos para que possam descansar e mesmo banheiros e locais específicos para sua própria alimentação esses trabalhadores tem.
A falta de organização da categoria explica a mobilização atual, que aparentemente começou de forma espontânea a partir de um vídeo do motociclista Paulo Lima, ex-caminhoneiro, que segundo o mesmo participou das greves dos caminhoneiros, conhecido como Galo e que, desde março deste ano, tentar reunir a categoria para reivindicar melhores condições de trabalho.
Em entrevista para a revista Fórum, Galo colocou a real situação da maioria dos entregadores por aplicativos: “A alimentação é a coisa que mais dói, ter que trabalhar com fome carregando comida nas costas”. Apesar de Galo não reivindicar a organização da greve, acabou se tornando uma das pessoas mais conhecidas do movimento. Situação que inclusive lhe rendeu perseguição pelos capitalistas das empresas de delivery, “Todo esse movimento meu, começou porque eu fui bloqueado oficialmente pela Uber, mesmo a Uber garantindo que não faria isso e ela fez. Aí, eu fui capa da revista Exame, que é voltada para os empresários. Depois disso, caiu tudo, fui bloqueado em todos os aplicativos.”
Em razão da falta de maior organização política da categoria a greve desta quarta feira já se demonstra muito confusa e desorganizada, isso é perceptível ao acompanhar o movimento pelas redes sociais.
O piso salarial para motofretista, categoria em que os entregadores são ajustados, vai de R$ 980 até R$ 1.300, no entanto muitos deles sequer conseguem ter 200 reais livres no final de uma semana de trabalho. O seguro de vida, previsto e pago pelas empresas de aplicativo, não garante o tratamento em caso de contaminação por coronavírus.
Nessa paralisação, motoboys e ciclistas de app, reivindicam aumento da remuneração, mais segurança, alimentação durante a jornada de trabalho, licença remunerada em casos de acidente.
Suas pautas são:
1. Aumento do valor por KM.
2. Aumento do valor mínimo.
3. Fim dos bloqueios indevidos.
4. Fim da pontuação e restrição local.
5 Seguro de roubo, acidentes e vida.
6 Auxilio pandemia (EPIs e licença)
É dever da esquerda e mais do que nunca, a CUT precisa auxiliar estas novas categorias da classe trabalhadora em seu processo de auto-organização e luta por direitos apoiando e organizando esse movimento, para que esses trabalhadores possam se sindicalizar, conquistar seus direitos e entrarem de maneira efetiva no movimento da classe operária. Esse é mais um motivo pelos quais a CUT deve deixar o imobilismo de lado e ir para as ruas.

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