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Crise política e golpe

É preciso enfrentar, dia 15 é preciso ir às ruas pelo Fora Bolsonaro!

A direita e setores da esquerda se articulam em torno da frente ampla para dar uma saída à crise do regime golpista. Ir às ruas deve ser a resposta das massas.

Os vídeos postados pelo presidente fascista Jair Bolsonaro nas redes sociais conclamando atos pelo País contra o Congresso Nacional e o STF para o próximo 15 de março expressam a dimensão da crise que atinge o seu governo, absolutamente incapaz – do ponto de vista dos interesses dos próprios golpistas que garantiram a sua eleição – em produzir uma condição de mínima estabilidade para garantir a execução do plano macabro de rapinagem do País na tentativa de fazer frente à profunda crise capitalista mundial.

Se a condição está assim tão ruim para os seus pares, o que dizer do outro lado, o dos explorados do País que sentiram na pele o avançar do golpe sobre as suas já precárias condições de vida nesse pouco mais de um ano de governo, com mais de 50% da força de trabalho no País vivendo da economia informal ou desempregada, com a destruição da saúde e da educação, com o assassinato massivo da população nas periferias das grandes cidades e dos sem-terra e indígenas no campo.

O desespero da extrema-direita, aí incluída a cúpula militar, com a divulgação e o apoio as postagens do presidente ilegítimo – eleito pela fraude e pelo golpe – trouxe novamente à tona os propósitos de se avançar rumo ao fechamento absoluto do regime político brasileiro, com a instauração de uma ditadura aberta. Bolsonaro, nesse momento não passa de um capitão subordinado, na prática, aos generais. Augusto Heleno, Mourão, entre outros, são os verdadeiros artífices do governo e da política de “aproximações sucessivas” que, em última instância, é o golpe militar.

Diante da ação do presidente da República, o que chama a atenção é a reação da esquerda de absoluto desnorteio diante do ato do dia 15 de março. Ao invés de chamar imediatamente um contra-ato para o mesmo dia, levar o povo para as ruas para confrontar os atos da extrema-direita, manteve o calendário “oficial” do dia 8 de março – dia da mulher trabalhadora – e o do dia 18 de março – dia nacional de paralisações e manifestações, chamado pelas centrais sindicais e pela CNTE.

Aliado a política de permitir a realização de atos da extrema-direita abertamente a favor do golpe, com o apoio dos militares, ou seja, nada de confronto, nada de enfrentamento, uma política de deixar os fascistas levantarem a cabeça, as postagens de Bolsonaro serviram, também, para intensificar o pedido de “socorro” às mesmas instituições que derrubaram Dilma Rousseff, perseguiram e prenderam Lula e foram responsáveis diretas pela eleição de Bolsonaro, a se somarem numa “cruzada democrática”, incluídos aí, além das instituições, notórios políticos golpistas como Fernando Henrique Cardoso, Rodrigo Maia, Alcolumbre e Ciro Gomes.

Aliás, a ofensiva da extrema-direita é vista por amplos setores da esquerda (tem como garoto propaganda o governador do Maranhão pelo PCdoB, Flávio Dino) como mais um fator para impulsionar a constituição da “frente ampla”, a tão sonhada aliança com a direita golpista, como dito, linha de frente do golpe de 2016. 

Essa política só vai servir para reabilitar os golpistas, seus partidos políticos,como o PSDB, o DEM e o MDB,e os que elegeram Bolsonaro para que tenham mais força para atuar contra o povo e promover a hecatombe contra o País e o povo brasileiro, como vemos com a ação do Congresso Nacional em desmantelar todas as conquistas históricas dos trabalhadores e a liquidação do patrimônio do povo brasileiro, impossível de ser levada à frente só por Bolsonaro.

Não é sem motivo que setores que cumpriram um papel fundamental no golpe, entre eles as organizações Globo, já começam a vislumbrar (com o apoio da esquerda, é claro) a possibilidade do impeachment de Bolsonaro. Ou seja, um processo de manutenção do conjunto do governo e do regime golpista, com uma mudança cosmética – retirar Bolsonaro, mantendo toda o regime político saído golpe de 2016. Essa é a política do centrão golpista, os verdadeiros responsáveis pelo golpe e pela ascensão da extrema-direita no País. 

Finalmente, toda essa política – frente ampla, impeachment – visa ser uma barreira para a campanha mais popular no Brasil, como vimos reafirmada no carnaval, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, única maneira progressista de apontar novos rumos para o País, porque, no fundamental, a sua execução só será real se estiver apoiada nas amplas massas, com o povo tomando as ruas para por fim ao governo fascista.

O único caminho para a esquerda, caso não queira se engolida pela direita do País – PSDB, DEM e MDB – e com isso ser um instrumento para semear ilusões nas amplas massas é a luta pelo fora Bolsonaro, a começar com o chamado para grandes atos no próximo dia 15 de março.

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