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Só o trabalhador paga o preço

É penta! Bolsonaro destrói economia e leva dólar a 5 reais

A desvalorização da moeda é no final das contas mais uma rasteira no trabalhador para transferir lucro aos empresários da exportação, que sofrerá com a caristia de tudo á sua volta

Paulo Guedes, ministro da Economia do presidente golpista Jair Bolsonaro, admitiu publicamente que, se o governo fizer mais alguma besteira, o dólar poderá superar a atual casa do R$5,00. Se Guedes for demitido ou pedir as contas, o dólar irá a 7 reais, projetou o ministro. O mercado está pronto para evitar uma disparada dessas se o substituto de Guedes for Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, embora saiba que o problema maior não é Guedes. E ainda faltam três anos para que se dê adeus a Bolsonaro…Fora outras razões que podem impulsionar o dólar. Como deverá acontecer, hoje, depois que o preço do barril do petróleo desabou no mercado internacional.

De fato, a situação é explosiva e inspira cuidados. Não adianta Bolsonaro afirmar que a crise provocada pelo coronavírus é uma fantasia. Certamente a crise já existia, e atualmente já se sabe sobre a repercussão de uma epidemia já confirmada pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, e, em comparação com 2019 quando o Brasil manteve o mesmo PIB 1,1%,  repetindo 2017 e 18, de nada valeu a propaganda dos golpistas de que o crescimento dependia da reforma trabalhista e previdenciária, pois até hoje nada disso aconteceu. Pelo contrário, a recessão econômica se agravou e o desemprego, que não foi revolvido, também só piorou. Foi um sacrifício enorme com a perda dessas reformas para nada.

A pandemia desacelerou inicialmente a China, um dos maiores produtores de matéria prima e consumidora de petróleo do mundo, acarretando problemas para a produção em vários países. Com a desaceleração, os investidores retiram o dólar investido no Brasil, o que trouxe uma enorme fuga de capital, e com ela a desvalorização cambial obrigando o governo a queimar suas reservas. Caso continue assim, o que provavelmente vai acontecer, o Brasil esgotará as suas reservas e teremos que enfrentar um forte inflação.

A desvalorização da moeda para o trabalhador é sinônimo de carestia em praticamente tudo que o cerca. Coisas básicas como remédio, pão, carne e combustíveis encarecem em decorrência de uma alta do dólar. Tudo que for importado para o nosso mercado, como é o caso de material para remédio, entre outras coisas, ou que na produção nacional viva de exportação onde o preço é dolarizado, como é o caso do trigo, por exemplo, com a subida do dólar e a desvalorização do real, a mercadoria sobe e pesa no bolso do trabalhador quando for comprar pão, pizza, macarrão, cerveja, e tudo o mais que do trigo derivar.

Em 2019 vimos o que aconteceu com a carne, só que diferente porque, naquele momento a China estava importando do Brasil a uma enorme quantidade de carne. E, por isso, sobrou menos carne no mercado interno para os brasileiros. Com a grande procura da pouca carne que sobrou, o preço cresceu e o trabalhador teve que pagar mais caro por ela.

A diferença é que hoje a economia está perto de um colapso, e não só a carne mas todos os produtos serão afetados. São outros motivos, mas a comparação ajuda a imaginar o reflexo no bolso do trabalhador.

Se por um lado, o trabalhador é atingido duramente pela economia, por outro, ele também vai compensar isso requerendo ajuste no seu salário para dar conta dos seus  compromissos e abastecer sua geladeira. Como consequência, além do governo ter que enfrentar a crise de produção, vai ter também que enfrentar as greves para reajustes de salários.

Os produtores que puderem vão tentar a sua sorte no mercado externo com a exportação para ganharem em dólar, mas só vão compensar a perda no mercado interno se não pagarem os aumentos e reajustes salariais. Eles terão um ganho temporário até que as greves o atinjam, e vão atingir por que o trabalhador não vai ter outra saída para repor o seu poder de compra..

No fim, essa é mais uma política  que vamos ver a transferência de renda dos trabalhadores — classe média e pobres — para os ricos empresários do setor exportador. O cidadão comum não ganha absolutamente nada com a desvalorização de sua moeda — só perde — ao passo que os grandes industriais podem ganhar, e muito, se seus empregados não exigirem reajustes salariais.

Agora mais do que nunca, o trabalhador precisa dos sindicatos para cobrar as greves, exatamente no momento em que o governo Bolsonaro, com o pacote anticrime do Moro, pretende baixar uma série de medidas para criminalizar os movimentos sociais, o que atingirá também os sindicatos, o que o governo pretende fazer para paralisar o trabalhador. Mas não é só isso, pois Bolsonaro, com a chamada para o dia 15, convoca a população a lutar contra o Congresso com a ameaça de fechá-lo com a ajuda dos militares. O que é uma declaração fascista que ameaça a todo trabalhador que está vendo uma ditadura fascista sendo abertamente declarada pelo próprio presidente golpista.

Dessa forma, não só é urgente a mobilização da classe trabalhadora para que ele não seja engolido pela crise, como também é preciso combater o fascismo que pede espaço para avançar pelas ruas e tomar o poder de uma vez por todas.

Para aplacar o ânimo exacerbado dos cães raivosos pelo fascista Bolsonaro, só mostrando a ele, nas ruas, que ela não lhe pertence, que ela é do trabalhador. A rua é do povo oprimido e massacrado pelo governo fascista, e para impedi-lo o trabalhador só tem uma opção: gritar bem alto e forte o FORA BOLSONARO e por abaixo esse governo fascista.

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