Após a prisão do ex-presidente Lula, a burguesia e setores golpistas da esquerda, como o PC do B, têm feito uma enorme pressão para que o PT abra mão de participar das eleições com seus candidatos. Nacionalmente, os governadores vêm defendendo a candidatura de Ciro Gomes. Em Pernambuco, o PC do B e a ala abutre do PT vêm defendendo a reeleição de Paulo Câmara, do PSB.
A verdade é que o PSB não tem mais a força de antes em Pernambuco. Desde a morte de ex-candidato a presidente Eduardo Campos, o PSB anda sem uma grande referência no Estado, tendo alguns dos considerados piores mandatos dos últimos tempos na prefeitura e no governo. Eles não gostam de pagar salário de professor, e tiveram grandes projetos amplamente hostilizados pelos movimentos sociais em Recife, como foi o caso do ‘Projeto Novo Recife’.
Outra verdade fácil de observar é que o PSB se encontra desesperado no cenário nacional e principalmente em Pernambuco. Isso acontece quando: após grande projeto de apoio do PSDB, DEM e PMDB parada derrubar o candidato do PT nas eleições para prefeito em PE de 2016, os donos do golpe abandonaram o PSB, que não faz mais parte dos planos. Outro fator que contribui para o desespero dos psbistas, é a volátil e frágil base de sustentação eleitoral composta por PSC, PP, PR e parte do MDB.
É preciso considerar uma coisa: é o PSB quem precisa do apoio do PT nessas eleições, pois é a única forma de não perder definitivamente a força em Pernambuco e se esfarelar de uma vez. E essa ideia se fortalece quando os donos do golpe já estão praticamente fechados com Armando Monteiro para governador e Mendonça Filho para senador.
Nesse sentido, fica claro que é o PSB que está moribundo e precisa do apoio do PT. O PT, por sua vez, não precisa “sair do isolamento”: é o partido do ex-presidente Lula, que, mesmo preso, é o único candidato à Presidência da República que é apoiado majoritariamente pela população.