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Não vai ser no Congresso

É o povo nas ruas que vai derrubar Bolsonaro

Não alimentar qualquer ilusão de que uma saída democrática e de interesse popular possa vir das instituições do regime golpista. mobilizar nas ruas pelo "fora Bolsonaro"

Quando o governo e alguns setores da direita golpista – com apoio da venal imprensa burguesa – procuravam demonstrar um suposto clima de harmonia e entendimento entre o presidente ilegítimo, governadores, Congresso Nacional e STF, eis que a Em reunião com governadores, Bolsonaro afirma que sanciona ainda ...divulgação dos vídeos de uma outra reunião ministerial evidencia que a direita e o regime golpista estão longe de terem alcançado tal unidade.

É o fracasso da união de todas as principais instituições do regime golpista em torno dos ataques aos milhões de servidores públicos e do conjunto dos trabalhadores, chegando a “comemorar” o que – segundo o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM) – era um “dia histórico”. Entrou para a história de outra maneira.

Sua comunhão frustrada não vai além do acordo para deixar seguir o genocídio que já consumiu a vida de mais de 30 mil brasileiros e infectou mais de um milhão (segundo estimativas de universidades e institutos que não se curvam diante dos falsos números oficiais divulgados), do acerto para esfolar com desemprego, rebaixamento salarial, fome e miséria de dezenas de milhões de brasileiros, para “socorrer” os bancos e grandes capitalistas, o que, também segundo Alcolumbre, vai fazer “crescer a concentração de renda no País” depois da pandemia.

Os vídeos da reunião ministerial não trazem nenhuma novidade, apenas escancaram os planos e desejos golpistas da ala bolsonarista e de setores fundamentais da cúpula militar de, se preciso, impor ao País um golpe militar, de até mesmo “colocar na cadeia o STF” e de intensificar a ditadura para fazer valer a sua política contra o povo brasileiro e a economia nacional, aproveitando a “tranquilidade da situação”, nas palavras do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para “passar boiada” e impor todas as “reformas” liberais e o genocídio de amplas camadas da população como os povos indígenas que, nas palavras, do ministro da Educação, Weintrub,”não devem existir”.

Relativamente unida contra os trabalhadores e o povo, a burguesia golpista está cada vez mais dividida, mas nenhuma de suas alas decidiu, por hora, derrubar o governo que ajudaram a “eleger”, por meio da fraude que teve como ponto central a condenação e prisão do ex-presidente Lula e seu afastamento das eleições.

Na Câmara dos Deputados, sobre a mesa do seu presidente, Rodrigo Maia (DEM) – com quem Bolsonaro declarou, dias atrás, ter “reatado o namoro”, repousam – estão 32 pedidos de impeachment, até o momento, tendo sido o último deles, protocolado pelos partidos de esquerda (PT, PCdoB, Psol, PCO, PCB, PSTU, UP, no último dia 21. Um dia depois da realização do primeiro ato de rua pelo “fora Bolsonaro”, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Esse primeiro ato segue as tendências a uma ruptura com a política de paralisia, de “quarentena” e de capitulação diante da direita defendida e imposta pela maioria das direções burguesas e pequeno-burguesas da esquerda. Isso já havia se expressado, espontaneamente, nas greves e protestos parciais de trabalhadores já no início da pandemia; de forma consciente e organizada, no único ato presencial de 1º de Maio, classista e de luta pelo ”fora Bolsonaro”, realizado pelo PCO, comitês de luta e outras organizações; nos mutirões nos bairros operários e conselhos populares, nos atos de setores oprimidos, como o das mães e familiares dos presos, contra a “pena de morte” que a direita vem impondo nos presídios no Distrito Federal e em todo o país etc.

É preciso desenvolver e ampliar essa tendência que aponta no sentido da superação da política reacionária de setores da esquerda que defendem a “frente ampla” com alguns dos setores mais reacionários da burguesia golpista, totalmente incapaz de se colocar  a favor de uma saída minimamente democrática e que atenda aos interesses da maioria do povo diante da crise.

Nesse sentido, nosso apoio ao processo de impeachment, da mesma forma que todos os nossos posicionamentos contra o golpe de Estado de 2016, pela anulação do impeachment de Dilma Rousseff, contra a prisão e pela liberdade de Lula, são parte da luta por unificar a esquerda e o conjunto dos explorados e de suas organizações em torno de uma mobilização e de um programa que supere a política conciliadora e capituladora adotada, em todos esses momentos, pela maioria da esquerda.

Trata-se, neste momento, de não depositar qualquer ilusão de que uma saída democrática e de interesse popular possa vir do Congresso dominado pela direita e das demais instituições do regime golpista.

É preciso organizar e mobilizar nas ruas, pelo “fora Bolsonaro” e todos os golpistas, pela anulação de todos os processos fraudulentos da criminosa operação Lava Jato, pela anulação das eleições fraudulentas de 2018, pelas restituição plena dos direitos políticos de Lula e pela convocação de eleições gerais, livres e democráticas.

Essa mobilização deve se processar junto com a defesa dos interesses mais imediatos dos trabalhadores e de todos os explorados contra o genocídio que a direita está impulsionando, exigindo medidas de atendimento real à população contra a pandemia (testes, leitos de UTI, investimentos na Saúde, aparelhos respiradores, distribuição de equipamentos em larga escala para hospitais e postos de saúde etc.), contra o desemprego (estabilidade no emprego desde 1º de março deste ano; proibição das demissões; redução da jornada de trabalho para o máximo de 35h semanais, escalas móveis de salários e horas de trabalho) e contra a fome e a carestia.

 

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